PARA ME ENTENDER

A minha OPINIÃO é ESQUERDA e VERMELHA. ESQUERDA por ser contrária a toda forma de dominação, de imposição, opressão, discriminação, toda forma contrária aos interesses da maioria, aos interesses da natureza. VERMELHA em homenagem às ideias e aos idealistas contrários ao capitalismo e ao sangue injustamente derramado: sangue inocente, sangue justo, sangue prudente, sangue que corre nas veias e artérias de todo humano que respira, sonha, sofre e padece nas mãos de seu predador... seu semelhante, o próprio HOMEM. Deixo aqui minha humilde homenagem aos meus heróis: Sócrates (O Pai da Filosofia), Sidarta Gautama (O Buda), Mahatma Gandhi, aos Mártires de Chicago, Martin Luther King, Ernesto Rafael Guevara de la Serna (Che Guevara), Carlos Lamarca, Chico Mendes, John Lennon, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Renato Russo, Cazuza, ao eterno Raul Seixas e, acima de tudo e de todos, ao inspirador de todos nós, JESUS CRISTO!















quarta-feira, 31 de agosto de 2011

De 1981 à Atualidade: Democracia, Brasileirão, Mundial, Segundona e Corinthians Retornando à Elite

Antes do término da Ditadura Militar, a Democracia Corintiana. No início da Redemocratização do Brasil, o 1º Título Brasileiro. No último ano do século XX, o 1º Mundial FIFA. Na 1ª década do novo milênio, “estágio na série B”, retorno à elite e o Centenário do Clube.
1º de Setembro: O mundo será Preto e Branco – Fonte: Corinthians

De 1981 a 1985: Ditadura Militar, Democracia Corintiana
Nos anos finais da Ditadura Militar surgiu, no Sport Club Corinthians Paulista, um movimento interno e inovador no Futebol Mundial, que ficou conhecido como Democracia Corintiana. Iniciou com a luta de um grupo de jogadores pleiteando maior democracia interna no Clube que era presidido pelo saudoso Vicente Matheus, que ocupava o cargo desde 1972. O ano de 1981 ficou marcado como um dos piores da história do Corinthians, que amargou uma 26ª colocação no Campeonato Brasileiro e um 8º lugar no Campeonato Paulista, o que levou o Clube a disputar, no ano seguinte, a Taça de Prata (o equivalente à atual segundona) do Brasileiro de 1982. Em abril desse ano Waldemar Pires foi eleito substituto de Vicente Matheus. O novo Presidente descentralizou as decisões da diretoria com a nomeação de vice presidentes que cuidavam de setores específicos do Clube, como Sérgio Scarpelli que cuidava das finanças e Washington Olivetto, que respondia pelo marketing, além de criar o cargo de diretor de futebol para fazer a ponte entre os jogadores e a diretoria.
Ícones da Democracia Corintiana ao lado de Rita Lee – Fonte: Milton Neves
Ocupando esse cargo, Adilson Monteiro Alves ouvia as reivindicações de jogadores politizados como o Dr. Sócrates, Wladimir e posteriormente Casagrande, que acabaram revolucionando as relações dos jogadores com o Clube, como a liberação da obrigatoriedade da concentração para os jogadores casados e fazer com que todas as decisões, das contratações ao local de concentração, fossem decididas através do voto.
Campeão Paulista 1982 - Fonte: Consulado do Timão
Apesar de ser bom para os atletas, no começo muitos tinham receio de manifestar suas ideias mas, aos poucos, foram assumindo outras funções fora de campo. Apesar disso, o então goleiro Leão, que não se dava bem com os líderes do movimento, tinha fama de ser contra, como o ex presidente Vicente Matheus. Mesmo assim, esse sistema levou o Clube ao bicampeonato Paulista dos anos de 1982 e 1983. No Brasileiro, cujo regulamento previa que os melhores da Taça de Prata se classificassem para a Segunda Fase da Taça de Ouro do mesmo ano, fez com que, em 1982, o Corinthians chegasse às semifinais e terminasse na 4ª colocação do Brasileirão desse ano.
Goleiro Leão no Time Campeão Paulista de 1983 - Fonte: Milton Neves
Apesar do sucesso inicial, o movimento durou pouco, pois em 1984 Sócrates foi para a Fiorentina, Casagrande foi emprestado para o São Paulo e Waldemar tentou, sem sucesso, eleger Adilson Monteiro como seu sucessor: foi o fim do sonho da Democracia Corintiana que não chegou a ver o fim da Ditadura Militar e a redemocratização do Brasil.

De 1985 a 1993: O Retorno de Matheus e o Sonhado Título Brasileiro
Substituindo Waldemar Pires, Roberto Pasqua ficou no comando da presidência do Timão até 1987, quando houve nova eleição, e Vicente Matheus retomou o cargo. Em 1988 o Corinthians conquistou o seu 20º Título Paulista, mas em 1989, NADA. Mas em 1990, sob o Comando Técnico de Nelsinho Batista, enfim o tão sonhado Título Brasileiro. O Corinthians fez uma campanha regular na fase de classificação e chegou às quartas de final e derrotou o Atlético Mineiro, foi às semifinais, passou pelo Bahia e chegou pela, segunda vez, à final do Brasileiro. Dessa vez contra o eterno freguês São Paulo, que era tido como favorito: disputava as duas partidas em casa e contava com Zetti, Cafu, Leonardo, Raí (irmão do Dr. Sócrates, da Democracia Corintiana) e companhia, mas prevaleceu a RAÇA CORINTIANA. No Morumbi - que tem, até hoje, recorde de público na segunda partida do título paulista de 1977, contra a Ponte Preta - o primeiro jogo deu vitória do Timão por 1 a 0 com gol de Wilson Mano; no segundo, diante de um público de mais de 100 mil pessoas, o talento do meia Neto e a agilidade do goleiro Ronaldo prevaleceram sobre o Favoritismo das Estrelas são paulinas e, tabelando com Fabinho, aos nove minutos do segundo tempo, Tupãzinho, de carrinho, decretou o fim desse “Favoritismo” e a vitória da “Raça Corintiana”. Assim o Corinthians conquistou o seu 1º Título Brasileiro e, pela segunda vez, o direito de disputar a Taça Libertadores da América.
Gol de Tupãzinho na voz de Osmar Santos – Fonte: youtube
Fonte: fut f-1

Em 1991, apesar de iniciar a temporada com a conquista da Supercopa do Brasil contra o Flamengo, infelizmente o Corinthians não conseguiu repetir o desempenho da temporada do ano anterior e perdeu o Estadual por 3 a 0 para o freguês São Paulo e na Libertadores da América, se dobrou frente o Boca Juniors nas oitavas de final, perdendo por 3 a 1 em Buenos Aires e empatando em 1 a 1 no jogo de volta, em São Paulo. No Brasileiro, não chegou à semifinal e encerrou a temporada em 5º no Campeonato Nacional. Nesse ano Vicente Matheus deixou a Presidência do Clube e sua esposa, Marlene Matheus, assumiu o cargo e ali se manteve até o ano de 1993.
Marlene Matheus e o esposo Vicente Matheus - Fonte: Terceiro Tempo
No Brasileirão de 1992 repetiu a 5ª colocação do ano anterior e no Paulista ficou em 3º, atrás do São Paulo e do Palmeiras, respectivamente campeão e vice. Em 1993 o rival Palmeiras foi campeão, tanto do Paulista quanto do Brasileiro e o Corinthians foi, respectivamente, o vice e o terceiro.

De 1994 a 2007: A Era Dualib
Em nova eleição em 1993, Alberto Dualib assumiu a presidência do Corinthians e no Campeonato Brasileiro de 1994 o campeão foi o Palmeiras e o Corinthians foi o vice, no Campeonato Paulista o Corinthians ficou na 3ª colocação, sendo o rival Palmeiras o campeão e o freguês São Paulo o vice. Esse ano também marcou um momento de Luto Nacional com o falecimento, em 1º de maio, do maior ídolo brasileiro da Fórmula 1, o eterno corintiano Ayrton Senna.
Fonte: FotOrkut

Fonte: Abril
No ano seguinte o Corinthians conquistou o Campeonato Paulista e o 1ª Título da Copa do Brasil e, como no passado, de forma invicta mas, no Brasileirão, não passou da 14ª colocação.
Fonte: Como Fazer
Mas Dualib, imitando o rival Palmeiras que tinha uma parceria com a Parmalat, em 1997 firmou uma parceria com o Banco Excel, que patrocinaria sua camisa por R$ 12 milhões, sendo R$ 5 milhões no primeiro ano e os R$ 7 milhões restantes, parcelados em 1998. O responsável pelo gerenciamento do futebol e das contratações foi Mário Sérgio, o técnico do Clube em 1993 e 1995. Objetivando causar impacto, o Banco investiu em Túlio Maravilha, no zagueiro Antônio Carlos, no volante Rincón e no atacante Edilson. O resultado da parceria veio com o Título Paulista conquistado em junho e ajudou a abafar o escândalo no caso Ivens Mendes, em que Dualib foi flagrado em conversa telefônica com o presidente do Atlético-PR sobre verba que doaria para a campanha a Deputado Federal de Ivens Mendes.
No ano de 1998 o Corinthians contratou o Vanderlei Luxemburgo, Gamarra, Vampeta e Ricardinho e, junto com Marcelinho Carioca (de volta ao Corinthians desde o ano anterior), voltou a conquistar o Brasileirão daquele ano, deixando o rival Palmeiras como vice. No Paulista, o Timão foi vice do São Paulo naquele ano.
Campeão Brasileiro 1998 - Fonte: Culturamix
Taça de 1998 - Fonte: Todo Poderoso Timão
Porém no segundo semestre, o Excel decretou falência e foi comprado pelo espanhol Bilbao Vizcaya, que se restringiu a cumprir o contrato - que estava previsto até dezembro de 1998 - e não mais renová-lo, encerrando-o em janeiro de 1999, quando o Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated (HTMF, atual Traffic), que honrou a sua dívida com o Banco.
Mas na época em que surgiram as primeiras notícias sobre a possível falência do Excel, o Corinthians e o Banco Icatú iniciaram uma negociação de patrocínio por dez anos com possibilidade de renovação por mais vinte, com o Icatú assumindo o departamento de futebol, incluindo a sua receita, com o Clube participando nos lucros a partir do terceiro ano, mas sem se preocupar com eventuais dívidas. A parceria - que previa ainda a construção de um Estádio com capacidade de 45 mil pessoas e a conclusão das reformas do CT de Itaquera só foi oficialmente revelada oito meses após o início das negociações, no final de 1998, e não saiu do papel por conta de desentendimentos entre a gerência do Clube e o Banco.
Em 1999, o Corinthians foi Campeão Paulista, deixando o Palmeiras como vice, e Bicampeão Brasileiro - com o goleiro Dida jogando no Clube a partir do 1º jogo da semifinal, defendendo dois pênaltis de Raí na mesma partida - com o Atlético Mineiro como vice. Porém na sua 3º Libertadores, caiu frente o rival Palmeiras nas quartas de final. No primeiro jogo, Palmeiras 2 a 0 Corinthians e no segundo jogo Corinthians 2 a 0 Palmeiras. Na disputa de pênaltis, 4 a 2 para o adversário Palmeiras. O rival foi o campeão e o vice foi o Deportivo Cali.

Fonte: Erojkit
No ano de 2000 - o último do 2ª Milênio - a parceria Corinthians/HTMF, que já havia sido concretizada em abril do ano anterior, transformou o departamento de futebol em empresa, com o nome de Corinthians Licenciamento Limitada Hicks Muse. O investimento inicial - previsto em R$ 100 milhões no primeiro ano - era para sanar dívidas, acertar contratações, finalizar o CT de Itaquera e para a construção do estádio. Se essa verba entrou ou não, ninguém sabe, ninguém viu. De concreto sabe-se que, com a base montada pelo Excel, o Corinthians reforçou o time com Dida, Luizão, Fernando Baiano e Fábio Luciano, e substituiu Luxemburgo - que foi para a Seleção Brasileira - por Oswaldo de Oliveira. Foi com essa equipe que o Corinthians conquistou o 1º Campeonato Mundial FIFA em 2000 tornando-se O PRIMEIRO CAMPEÃO REALMENTE MUNDIAL.
Dida: Campeão Brasileiro 1999 e Mundial 2000 Fonte: wikipédia
Mesmo com a saída de Marcelinho Carioca, Edilson e do treinador Oswaldo de Oliveira, após a desclassificação da Libertadores pelo Palmeiras, o Timão conquistou o Paulistão de 2001. Sob o comando de Carlos Alberto Parreira, em 2002 o Corinthians foi campeão do Rio-São Paulo pela quinta vez, derrotando o freguês São Paulo e a Copa do Brasil. Depois desse último título, a parceria com a HTMF chegou ao fim e também a sequência de vitórias e títulos: sem parceria alguma, o Corinthians chegou às finais do Brasileirão mas caiu frente outro freguês seu, o Santos. No ano seguinte (2003), conquistou seu 25º título estadual, mas foi eliminado novamente na Libertadores da América, ficando com a 11ª colocação na competição.
No final de 2004, mais precisamente em novembro, o Corinthians firmou uma nova parceria que foi a pior e que levaria à pior consequência que se poderia imaginar: a queda para a Segunda Divisão. A aprovação foi feita em uma reunião conturbada do Conselho Deliberativo do clube, onde os opositores da parceria com a Media Sports Investiment - a famigerada MSI - reclamavam da ausência de transparência da origem do dinheiro e suspeitavam que fosse ilícito. O final - que, por ser muito recente, ninguém deve ter esquecido - todos nós sabemos.
A princípio, a parceria parecia ótima: o Corinthians passou a ser chamado de “GALÁCTICO”, em comparação com o Real Madrid que tinha o mesmo apelido, por contratar estrelas vindas de clubes europeus, como Tevez, Mascherano, Nilmar, Roger, Carlos Alberto e Gustavo Nery. O mais badalado foi o argentino Carlito Tevez.
Carlito Tevez – Fonte: O Sabe Tudo
Em 2005, um dia depois de meu aniversário, o presente: o Corinthians conquistou o seu 4º Título Brasileiro, mesmo perdendo por 3 a 2 para o Goiás, já que o Internacional, único que poderia tirar o título do Timão, perdeu para o Coritiba.
Fonte: Meu Timão
Com essa conquista, alguns torcedores de outros clubes começaram a afirmar que este é um “Título Roubado”, em referência à Máfia do Apito, onde o árbitro Edilson Pereira de Carvalho acabou sendo preso por manipular resultados em favor de maiores lucros de empresários de sítios de apostas. Por causa desse escândalo, 11 jogos foram anulados e tiveram que ser disputados novamente, o que acabou beneficiando o Corinthians em dois deles. Não tendo nenhum envolvimento com tal máfia, o Timão não pode ser responsabilizado por algo em que o estava prejudicando, pois foi a ganância de empresários inescrupulosos e árbitros corruptos quem manipularam os resultados.
Com a conquista, os atletas campeões fizeram uma visita ao Presidente Corintiano Lula, no Palácio do Planalto. Já em 2006, a MSI investiu muito menos que no ano anterior: cedeu o goleiro Fábio Costa para o freguês Santos e trouxe de volta, do mesmo Clube, Ricardinho, apostou em Ramon e Renato, do Atlético Mineiro, e em outros jogadores de menor expressão. A pretensão de conquistar a Libertadores, mais uma vez parou nas oitavas de final, frente ao argentino River Plate, o que levou à revolta de vários torcedores corintianos que enfrentaram a polícia na tentativa de invasão ao campo, o que provocou a antecipação do término da partida.  L A M E N T Á V E L.
Tevez, comemorando o 1º gol na derrota contra o River Plate em 2006 – Fonte: Uol Esporte
A partir daí, queda livre para o Timão. Dualib recontratou Marcelinho Carioca, passando por cima da parceira MSI, que era a responsável pelas contratações; mau desempenho da equipe e desentendimentos entre os atletas; o ídolo Tevez e a torcida já não se entendiam mais; desentendimentos entre o técnico Emerson Leão e os atletas argentinos e depois com Carlos Alberto; rompimento entre Dualib e Kia (o representante da MSI); queda do investimento da MSI no Clube... em 2006, absolutamente NADA. Os principais jogadores saíram em agosto, na janela de transferência para o mercado europeu e no final do ano.
Chega o ano de 2007 e a crise entre a MSI e o Corinthians se intensificou com as poucas contratações como Roger, Amoroso, Marcelo Mattos e Magrão, que deixaram o clube após o Campeonato Paulista, fazendo com que o Corinthians apostasse em vários jogadores do Bragantino, que foi semifinalista daquele ano, na volta de Gustavo Nery e na contratação de Vampeta. No lugar de Leão, Paulo César Carpeggiani, inativo desde 2004. Em Julho, o fim da parceria – prevista para até 1º de dezembro de 2014 - por votação unânime do Conselho Deliberativo do Corinthians. Na semana seguinte, pedido de afastamento por 60 dias feito por Alberto Dualib e seu vice Nesi Cury. No dia 7 de agosto ambos foram afastados do Clube por tempo indeterminado, por decisão de uma assembléia, assumindo Clodomil Orsi, de forma interina, a presidência do Corinthians. Com a saída de Carpeggiani, o Timão trocou de treinador por duas vezes, assumindo José Augusto, treinador nas categorias de base, e comandando a equipe até a vinda de Nelsinho Batista, em setembro.
Torcida FIEL, até com a ameaça de rebaixamento - Fonte: wikipédia

A decadência era visível e o rebaixamento, quase que inevitável. Nesse mesmo setembro, após pressão da diretoria do Clube para deixar o cargo - pelas acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha - Alberto Dualib renunciou definitivamente à presidência do Corinthians, abrindo espaço para novas eleições, com a vitória de Andrés Sanchez, ex-aliado de Dualib e da MSI (será que dá pra confiar???).
Se em 2005, um dia depois de meu aniversário, o Corinthians presenteou-me com o 4º título Brasileiro (que os adversários do Timão insistem, até hoje, em dizer que foi “roubado” do Internacional), dois anos depois, um dia antes de meu aniversário, o pior presente que um corintiano pode receber: no dia 2 de dezembro de 2007, mesmo empatando com o Grêmio, o Timão foi rebaixado, pois o Goiás venceu o mesmo Internacional de 2005, com a ajuda do árbitro, que mandou voltar dois pênaltis a favor do Goiás, defendidos por Clemer.
Imagens da queda - Fonte: BLOGOL

UM DESABAFO!!!
Se a memória dos anti corintianos é tão boa para lembrar a MÁFIA DO APITO de 2005, em que o Timão não teve envolvimento nenhum, por que não tem a mesma memória para 2007, quando o Corinthians foi rebaixado com a volta desses dois penatis??? E se fosse o contrário, o Corinthians escapasse do rebaixamento com a volta desses dois pênaltis, o que diriam??? Só gostaria que refletissem... e olha que o CORINTHIANS       cumpriu essa queda, sem reclamar, sem tentar virada de mesa, se sujeitou a disputar a Série B e se reconduzir à ELITE DO FUTEBOL, que é o seu lugar, de forma digna, coisa que muitos outros clubes não se sujeitaram, arrogantemente, se mantendo na Série A no TAPETÃO!!! Mas, pessoalmente, tem também algo de bom nessa história: o retorno aconteceu, no ano seguinte, no dia do aniversário do meu primeiro filho, no dia 08 de novembro de 2008. Esse sim foi um grande presente que ficará guardado em minha memória.
Na Série B, a torcida corintiana mostrou porque é chamada de FIEL Fonte: wikipédia
Em 2008, com Andrés Sanches na presidência e Mano Menezes como técnico, o Corinthians encarou a Série B e sagrou-se campeão, na 34ª rodada, com uma campanha memorável: em 38 jogos foram 25 vitórias, 10 empates (7ª e 8ª rodadas, Ponte Preta 1x1 Corinthians e Bragantino 1x1 Corinthians; 11ª, 13ª, 15ª, 18ª, 25ª, 28ª, 29ª e 30ª rodadas, respectivamente, Santo André 1x1 Corinthians, Ceará 2x2 Corinthians, Corinthians 0x0 Criciuma, Avaí 1x1 Corinthians, Brasiliense 1x1 Corinthians, São Caetano 2x2 Corinthians, Marília 1x1 Corinthians e Corinthians 2x2 Santo André) e apenas 3 derrotas (12ª, 17ª e 38ª rodadas, respectivamente Corinthians 0x1 Bahia, Vila Nova 2x1 Corinthians e América-RN 2x1 Corinthians); com um aproveitamento de 74,5%, o Timão fez 85 pontos e teve 50 gols de saldo (marcou 79 e sofreu 29) e superou o eterno rival Palmeiras que obteve, na Série B em 2003, 74,2% de aproveitamento.
Fonte: UOL
Com essa campanha, o Corinthians voltou à Série A, anunciou a contratação de Ronaldo Fenômeno ainda no final de 2008, manteve Mano Menezes no comando do time e a base vitoriosa do ano anterior. Em 2009 foi Campeão Paulista invicto, conquistou a Copa do Brasil vencendo o Internacional em casa por 2x0 e empatando em 2x2 no jogo de volta, mas no Brasileirão ficou apenas com a 10ª colocação.


" Acima do Corinthians, só Deus, que também é FIEL, ou seja, é Corintiano."
Último dos “10 Mandamentos Corintiano”

terça-feira, 30 de agosto de 2011

De 1950 a 1980: Décadas de Angustias, Fidelidade e o Fim do Maior Jejum Corintiano

Nesse período, o Corinthians passou por crises, por uma nova época de ouro e, em seguida, enfrentou o maior jejum de títulos de toda a sua História.
1º de Setembro: O mundo será Preto e Branco – Fonte: Corinthians


De 1950 a 1954: Uma nova época de ouro para o Timão
Em 1950 o Brasil sediou a quarta edição da Copa do Mundo e amargou o famoso “maracanaço”, com a derrota por 2 a 1 na final da competição frente ao Uruguai. Já o Corinthians, conquistou seu primeiro título do Torneio Rio-São Paulo. Disputado por oito equipes, quatro do Rio de Janeiro e quatro de São Paulo, no sistema de pontos corridos em turno único, o Corinthians sagrou-se Campeão do Rio-São Paulo com 11 pontos conquistados em 7 jogos, com 5 vitórias, um empate e uma derrota. O vice da competição foi o Vasco da Gama com 10 pontos conquistados em quatro vitórias, dois empates e uma derrota. Corinthians e Vasco deixaram para trás na 3ª posição Portuguesa com 9 pontos, o 4º colocado foi o Palmeiras com 7, 5º Flamengo com 6, 6º São Paulo com 5, Botafogo em 7º com 4 e o lanterna, Fluminense, também com 4 pontos.
Equipe Campeã do Rio-São Paulo de 1950 - Fonte: Loucos pelo Timão
No ano seguinte, o Corinthians pôs fim ao jejum de nove anos sem um título no Campeonato Paulista com uma linha de frente que marcou 103 gols em 28 partidas, composta por Carbone, Cláudio, Luisinho, Baltasar e Mário. O artilheiro da competição foi Carbone com 30 gols e o vice foi o Palmeiras, a Portuguesa ficou em terceiro e o quarto foi o São Paulo.
Equipe Campeã Paulista de 1951 - Fonte: 100 X Corinthians
Em 1952 o Corinthians conquistou o bicampeonato e Baltasar, com 27 gols, foi o artilheiro. A Portuguesa manteve a colocação do ano anterior e São Paulo e Palmeiras alternaram suas posições. No ano de 1953, o campeão do Campeonato Paulista foi o São Paulo, o Palmeiras foi o vice e o Corinthians ficou em 3º, com a Portuguesa em 4º.
Equipe Campeã Paulista de 1952 - Fonte: Corinthians Todo Poderoso Timão
Em 1954, ainda como parte das comemorações do quarto centenário da cidade de São Paulo, o Corinthians empatou em 1 a 1 com o Palmeiras na penúltima partida do Campeonato Paulista. Para o rival Palmeiras, só interessava a vitória e torcer por uma derrota alvinegra frente ao São Paulo na última rodada da competição, mas para o Corinthians, o resultado foi suficiente para a conquista do título e da Taça do IV Centenário de São Paulo.
Equipe Campeã Paulista de 1954, o IV Centenário da Capital Paulista – Fonte: Museu dos Esportes

De 1955 a 1976: O Grande Jejum
Em termos de conquistas, esse foi o pior período da História do Timão, mas foi exatamente nessa época que a torcida corintiana recebeu o carinhoso e justo nome de FIEL. Justo porque, apesar de passar por 23 anos sem conquistar um único título, a sua torcida permaneceu realmente FIEL ao clube, sempre na expectativa da conquista de um campeonato. Nesse período, o Corinthians conseguiu apenas dividir o título do Torneio Rio-São Paulo de 1966 com Botafogo, Santos e Vasco da Gama, em virtude da Copa do mundo na Inglaterra ter inviabilizado o término da disputa. Os quatro estavam empatados em 1º com 11 pontos e se recusaram jogar com reservas, já que muitos de seus jogadores foram convocados para a Seleção. Vasco e Corinthians estavam empatados também em 5 vitórias, um empate e 3 derrotas, mas o time carioca tinha maior saldo de gols. Botafogo e Santos empataram em 4 vitórias, 3 empates e duas derrotas. Também nesse caso, os cariocas levaram vantagem no saldo de gols.
Equipe de 1966 - Fonte: Sapo
Dizia uma lenda muito difundida na torcida corintiana da época que, quando conquistou a Taça do IV Centenário da Cidade de São Paulo, em 1954, o então menino Pelé teria sido apresentado ao Corinthians que o recusou, ele então teria lançado uma maldição ao Clube jurando que, enquanto jogasse futebol, o Timão não seria campeão paulista. Já outros afirmam que a praga foi lançada pelo Rei em 1958, no jogo de despedida da Seleção Brasileira - contra o Corinthians - para a Copa da Suécia. Numa partida em que a torcida corintiana vaiava a Seleção Brasileira porque Vicente Feola não convocou Luizinho “O Pequeno Polegar” e se inflamava quando os jogadores corintianos faziam jogadas mais duras, o zagueiro corintiano Ari Clemente, empolgado com os gritos da torcida, em uma entrada mais dura, provocou uma contusão em Pelé, deixando-o fora dos dois primeiros jogos da Copa daquele ano. Nos vestiários, Pelé teria afirmado que o Corinthians jamais conquistaria um título enquanto ele estivesse na ativa. Coincidência ou não, Pelé encerrou sua carreira em 1977 e, doze dias depois, o Timão acabou com o incômodo jejum de 23 anos sem um título paulista.
Nesse período, o Corinthians só conseguiu conquistar torneios não oficiais, como o Torneio de Torino nos anos de 1966 e 1969, o Torneio Costa do Sol em 1969 e o Torneio Internacional de Nova Iorque, também em 1969. No Campeonato Paulista, amargou seis vezes o vice campeonato, nos anos de 1955, 1956, 1962, 1966, 1968 e 1974; sete terceiras colocações, nos anos de 1957, 1958, 1960, 1965, 1967, 1971 e 1973; e foi quatro vezes o quarto colocado, nos anos de 1964, 1969, 1972 e 1975. Entre os anos de 1955 e 1976, o Timão só deixou de figurar entre os quatro primeiros do Campeonato Paulista por quatro vezes, nos anos de 1959 (5º colocado), 1961 (7º lugar), 1963 (9º colocado) e 1970 (5º colocado).

As Primeiras Participações Nacionais
1971: A Estréia
O campeonato brasileiro teve início em 1971 e o Corinthians, mesmo nesse jejum de títulos, conquistou uma boa colocação. Disputaram o Campeonato, 20 clubes de 8 Estados, numa primeira fase com dois grupos de dez clubes, com todos jogando contra todos em um único turno. Primeiramente, os clubes se enfrentaram dentro de seus grupos e, depois, contra clubes do outro grupo. Classificavam para a segunda fase os seis melhores de cada grupo. O Corinthians foi em 1º do Grupo A, seguido de Cruzeiro, Internacional, Coritiba, Palmeiras e Vasco da Gama. Pelo Grupo B, os Classificados foram Grêmio, Atlético Mineiro, América-RJ, Santos, Botafogo e São Paulo.
Os classificados para a segunda fase foram divididos e três grupos e jogaram em dois turnos, classificando os primeiros de cada grupo para a Fase Final. Pelo Grupo A Classificou o São Paulo, deixando o Corinthians em segundo; pelo Grupo B, o classificado foi o Atlético Mineiro; pelo Grupo C, o Botafogo. Para a fase final foi realizado um triangular em turno único, vencido pelo Atlético Mineiro, o São Paulo foi o vice, o Botafogo o 3º, Corinthians o 4º e o 5º foi o Internacional.
No ano seguinte, o Campeonato brasileiro foi disputado por 26 clubes de 13 Estados divididos em quatro grupos com dois de seis clubes e dois de sete, disputando em turno único e classificando os quatro melhores de cada grupo e o Timão foi o primeiro do seu grupo. Os classificados para a Segunda Fase foram divididos em quatro novos grupos, classificando apenas o campeão de cada grupo e novamente o Timão se classificou. A Semifinal foi disputada em turno único, com a vantagem do empate para o clube com maior pontuação no campeonato e classificando os vencedores de cada jogo. O Corinthians perdeu para o mandante Botafogo por 2 a 1. Nesse ano o campeão foi o Palmeiras, Botafogo foi o vice, o 3º foi o Internacional, Corinthians o 4º e o 5º foi o Coritiba.
O Campeonato Brasileiro de 1973 foi disputado por 40 clubes e o Corinthians já não apresentou o mesmo desempenho dos anos anteriores, ficando apenas em 12º lugar na classificação final. O rival Palmeiras sagrou-se bicampeão, o São Paulo foi o vice, o 3º foi o Cruzeiro, o Internacional ficou em 4º e o 5º foi o Grêmio.
Como no ano anterior, o Campeonato Brasileiro1974 foi disputado por 40 clubes e o Corinthians ficou apenas com a 15ª colocação. Nesse ano tivemos o Vasco da Gama campeão, o Cruzeiro foi o vice, Santos em 3º e Internacional e Grêmio ficaram com a mesma colocação do ano anterior.
O Campeonato Brasileiro1975 foi disputado por 42 clubes e o Corinthians apresentou um melhor desempenho, conquistando a 6ª colocação. O campeão foi o Internacional, novamente o Vice foi o Cruzeiro, Fluminense foi o 3º, Santa Cruz o 4º e o 5º foi o São Paulo.
O Brasileirão de 1976 foi especial para o Timão. Nesse ano, o campeonato foi disputado por 54 clubes e, enfrentando o Fluminense nas semifinais em partida única e no Maracanã, a FIEL TORCIDA CORINTIANA compareceu em massa para assistir ao jogo e promoveu a famosa invasão corintiana. Apoiados por torcedores de outros clubes cariocas, o Corinthians, que sofreu um gol de Pintinho aos 18 minutos do 1º tempo, arrancou o empate com Russo onze minutos depois. Com o empate em 1 a 1, a decisão da vaga para a final foi para os pênaltis. O Tricolor Carioca marcou apenas uma cobrança, as outras três pararam nas mãos de Tobias. Já do lado Alvinegro Paulista, Neca, Russo, Moisés e Zé Maria converteram, classificando o Corinthians para a final contra o Internacional.
A Invasão na Voz de Osmar Santos - Fonte: youtube

Depoimento de Jogadores - Fonte: youtube
Na final, disputada no Beira Rio, Dario fez um gol para o Colorado aos 29 minutos do 1º tempo e Valdomiro fez o segundo aos 12 minutos do 2º tempo, numa cobrança de falta que bateu no travessão e caiu sobre a linha e o árbitro deu o gol, gerando uma confusão e a interrupção da partida por alguns minutos, mas o Alvinegro voltou a campo e o jogo terminou em 2 a 0. O Corinthians foi o vice campeão de 1976. O árbitro da partida? O carioca José Roberto Wright, o mesmo que classificou o Flamengo na Libertadores de 1981,  prejudicando o Atlético Mineiro, no maior escândalo do Futebol Brasileiro.
O Gol da Confusão - Fonte: youtube

E a Confusão - Fonte: youtube
Nesse ano o Internacional foi bicampeão, o Corinthians foi o vice, o 3º foi o Atlético Mineiro, o Fluminense o 4º e o 5º foi o Flamengo.
De 1977 a 1980: O Fim do Jejum
O Campeonato Paulista de 1977 foi disputado por 19 equipes num total de 378 jogos e 876 gols, uma média de 2,32 gols por partida, e Serginho Chulapa, do São Paulo, foi o artilheiro com 32 gols, mas o Corinthians conquistou, enfim, o sonhado Título Paulista numa final de três jogos contra a Ponte Preta de Campinas. A primeira partida o Timão venceu por 1 a 0, perdeu a segunda por 2 a 1 - num Morumbi lotado que estabeleceu o recorde de público do Estádio que jamais foi quebrado: 146.083 pessoas com 86.677 pagantes - levando a decisão para uma terceira partida.
Morumbi na final do Paulista de 1977: recorde de público – Fonte: Botões para Sempre

Recorde de Público no Morumbi - Fonte: youtube
A terceira e última foi uma partida nervosa em que foram expulsos Geraldão pelo Timão e, pela Macaca, Rui Rei e Oscar, mas o Corinthians, com gol de Basílio aos 36 minutos do segundo tempo e sagrou-se Campeão Paulista. Foi o fim do maior jejum do Alvinegro mais amado do Brasil.

Equipe Campeã Paulista de 1977 - Fonte: Botões para Sempre
Já no Brasileiro de 1977, foi eliminado na terceira fase, ficando apenas com a 8ª posição entre os 62 clubes participantes. O São Paulo foi o campeão, o vice foi o Atlético-MG, o Operário-CG foi o 3º, Londrina o 4º e o 5º foi o Botafogo.
O Campeonato Paulista do ano seguinte teve o Santos como campeão, o São Paulo como vice e o Corinthians não ficou nem entre os quatro melhores. O Brasileirão de 1978 foi disputado por 74 clubes e o Corinthians terminou o campeonato na 12ª colocação. O Guarani foi o campeão, Palmeiras o vice, o 3º foi o Internacional, Vasco foi o 4º e o 5º foi o Santa Cruz.
O Corinthians conquistou o título do Campeonato Paulista de 1979 tendo novamente a Ponte Preta como Vice. O Campeonato Brasileiro desse ano foi o campeonato de recordes: maior número de clubes participantes, 94 ao todo; o Internacional se tornou o primeiro clube a conquistar três vezes campeão Nacional (1975, 1976 e 1979) e foi o único, até os dias de hoje, campeão invicto. O regulamento inicial da competição previa que os clubes que disputariam o Torneio Rio-São Paulo, que não foi realizado, entrariam na competição somente na segunda fase do campeonato, mas os grandes clubes paulistas queriam participar somente a partir da terceira fase, como o Guarani e o Palmeiras, que foram campeão e vice do ano anterior. Como não foram atendidos, Corinthians, Portuguesa, Santos e São Paulo não disputaram o campeonato.
No Campeonato Paulista de 1980, o Corinthians conquistou apenas a quarta posição e a 5ª colocação no Campeonato Brasileiro, que foi disputado por 44 clubes. No Paulista o campeão foi o São Paulo, o vice foi Santos e a Ponte Preta ficou com a 3ª colocação. No Brasileiro, o campeão foi o Flamengo, o Atlético-MG o vice, Internacional o 3º e o 4º foi o Coritiba.
"Nunca tive nada contra o Corinthians. Apenas precisava calar logo aquela massa incrível. Se não calasse, a torcida ganharia o jogo."
Pelé, em entrevista a Juca Kfour