PARA ME ENTENDER

A minha OPINIÃO é ESQUERDA e VERMELHA. ESQUERDA por ser contrária a toda forma de dominação, de imposição, opressão, discriminação, toda forma contrária aos interesses da maioria, aos interesses da natureza. VERMELHA em homenagem às ideias e aos idealistas contrários ao capitalismo e ao sangue injustamente derramado: sangue inocente, sangue justo, sangue prudente, sangue que corre nas veias e artérias de todo humano que respira, sonha, sofre e padece nas mãos de seu predador... seu semelhante, o próprio HOMEM. Deixo aqui minha humilde homenagem aos meus heróis: Sócrates (O Pai da Filosofia), Sidarta Gautama (O Buda), Mahatma Gandhi, aos Mártires de Chicago, Martin Luther King, Ernesto Rafael Guevara de la Serna (Che Guevara), Carlos Lamarca, Chico Mendes, John Lennon, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Renato Russo, Cazuza, ao eterno Raul Seixas e, acima de tudo e de todos, ao inspirador de todos nós, JESUS CRISTO!















quinta-feira, 30 de junho de 2011

O Trabalho e o Salário Mínimo


A palavra “trabalho” vem do latim “tripalium” (tri - três + palus - paus) e “salário” também vem do latim “salarium argentum” que quer dizer “pagamento em sal”. Mas por que “trabalho” vem de “três paus” e “salário” de “pagamento em sal”?
fonte:  Elen Villegas
 “Tripalium” era um instrumento romano de tortura. “Tripaliare”, inicialmente, significava “torturar”, o que fazia do carrasco um “trabalhador”, o contrário de hoje. Já o “salarium argentum” era a forma de pagamento que o Império Romano utilizava para remunerar os seus soldados, pois era uma iguaria cara na época e que podia ser trocada por qualquer coisa que se necessitasse.
Conhecendo a origem dessas palavras, podemos perceber o porquê de tanta gente detestar o trabalho, bem como porque o “pagamento” pelo trabalho ser tão irrisório, principalmente na Educação. Mais do que nunca, o magistério é uma verdadeira tortura: salas superlotadas com alunos, em sua maioria, desinteressados e indisciplinados; cobrança de atribuições que não competem ao educador; insegurança; falta de autonomia; baixa remuneração; piso salarial irrisório e que não é respeitado...
fonte:  Wikipédia
Já o Salário Mínimo, foi instituído no Brasil através da Lei nº 185/36 e do Decreto-Lei nº 399/38 e teve valor fixado pela primeira vez pelo Decreto-Lei nº 2162/40, mas não era igual para todos. Na época o Brasil foi dividido em 22 regiões e estas em 50 sub-regiões. Para cada sub-região vigorava um valor, totalizando 14 valores distintos para todo o país. Criado para atender às necessidades básicas do trabalhador, teve seu maior valor histórico no ano de 1954, mas foi perdendo seu poder de compra no decorrer dos anos, principalmente do início da ditadura militar até o ano de 1974.
De 1975 a 1982, houve uma recuperação gradual de seu poder de compra, chegando a um ganho real de 30%, votando a perder poder a partir de 1983. Entre os anos de 1982 e 1990, o salário mínimo sofreu perda real da ordem de 24%, mas foi unificado em maio de 1984, acabando-se com as diferenças de valores entre as diversas regiões do país.
De 1990 a 1994, houve uma valorização real de 10,6% no valor do salário mínimo e, com o Plano Real, valorizou-se 28,3% entre 1994 e 1999. Segundo reportagem de Geraldo Castro mesmo que o valor do salário mínimo 2011 fosse fixado em R$ 540,00 como estava previsto, seu ganho real seria de 52,83% desde 2002.
Hoje, o trabalhador não é mais o "torturador", mas o "torturado" e o salário já não é valorizado como na época do Império Romano e, apesar dessa valorização do salário mínimo, o salário do professor é tão desvalorizado quanto o sal: se no Império Romano o sal era uma iguaria cara, hoje é o item mais barato da cesta básica.
“O dinheiro fala mais alto. O salário mínimo apenas cochicha.”
Millor Fernandes

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ronaldo Fenômeno: Candidato a Senador em 2014?

Está na Internet: O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) paulista tenta convencer Ronaldo Luís Nazário de Lima, Ronaldo Fenômeno, a se candidatar a uma vaga ao Senado Federal em 2014. Será verdade?
A julgar pela quantidade de publicações veiculadas na rede, a informação é verdadeira, porém a coisa me parece um tanto quanto “orquestrada” por alguém. A maioria das publicações encontradas trazem a mesma matéria:

O artilheiro do Brasil em copas do mundo Ronaldo Nazario está sendo assediado pelo PTB para que seja candidato a senador em 2014 em São Paulo. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, se Ronaldo aceitar, disputará votos o com o senador Eduardo Suplicy (PT). Ao contrário do que aconteceu na última eleição para senador, não estarão em disputa duas vagas, mas somente uma. Fora do futebol, Ronaldo se dedica às atividades de sua empresa de marketing esportivo, a 9ine.

A publicação acima foi encontrada nos blogs do Denilton, do Geraldo José, do André Santos e Adustina em destaque; além dos sítios portal catingal, DIG now, iR5, Itaberaba Notícias, e do deputado Deraldo Damasceno. Outros sítios trazem a mesma matéria, porém com redação diferente da acima reproduzida: Douranews, Agora MT e Rádio Cidade AM, mas consultando os sítios da Folha de São Paulo e da Folha online, nada foi encontrado. Outro fato estranho, é a notícia não ter sido divulgada, nem no g1 da Globo, nem no r7 da Record.
Fonte: Douranews

Não tenho nada contra a candidatura de celebridades a cargos públicos, mas devemos ter cuidado com os nossos representantes políticos. Recentemente, São Paulo apresentou as candidaturas de Francisco Everardo Oliveira Silva (o Tiririca) a Deputado Federal e de José de Paula Neto (Netinho de Paula) a Senador; o Rio de Janeiro, de Romário de Souza Faria (Romário) a Deputado Federal; e a Bahia, de Acelino Freitas (Popó) a Deputado Federal. Foram eleitos Tiririca e Romário, Popó ficou na 1ª suplência e assumiu a vaga de Mário Negromonte (PP-BA) que passou a ocupar a pasta do Ministério das Cidades. Já Netinho de Paula, que sempre se engajou em projetos sociais e foi eleito 3º vereador mais votado em São Paulo, em 2008, não foi eleito.
Os cargos públicos eletivos são de extrema importância para as nossas vidas mas, devido o desgaste da política brasileira, provocado pelos próprios partidos e seus políticos, cada vez mais saem candidaturas de expoentes do esporte e das artes, como se fosse o caminho para renovar a credibilidade política perante o eleitor. O problema não está na função ou na notoriedade que possuem os candidatos, mas na postura de quem é eleito. Ao invés de tentar “salvar” o partido lançando candidaturas que possam angariar grande número de votos, as entidades políticas postulantes a esses cargos deveriam se preocupar mais com a imagem que possam passar.
Uma grande oportunidade de melhorar essa imagem é a Reforma Política mas, pela proposta do Senado, é capaz de piorar. Se votando no candidato já nos decepcionamos, como não será se passarmos a votar em uma “lista fechada”, consagrando o estelionato eleitoral? Por que o voto ao legislativo não pode ser majoritário? E por que não abolir a obrigatoriedade do voto? O que temem os “nobres” senadores?
Fonte: Wikipédia

Com essa onda de artistas e esportistas se candidatando a cargos públicos, tenta-se “maquiar” uma realidade podre da política nacional, o que em nada contribui para a melhoria do cenário público, pelo contrário, agrava. Um consolo para nós, eleitores, é que pelo menos o “Fenômeno” mostra-se um cidadão muito mais consciente e equilibrado do que a grande maioria dos que o antecederam, principalmente os políticos.
Os acontecimentos políticos humilham e desabonam mais a sabedoria humana que quaisquer outros eventos deste mundo.
Marquês de Maricá

terça-feira, 21 de junho de 2011

Juiz preconceituoso anula união civil homoafetiva em Goiania

STF reconhece legalidade de união estável homoafetiva, juiz retrógrado anula contrato de união civil firmado por homossexuais, OAB e ministros do Supremo condenam a decisão do juiz. E você como se posiciona??? Dê a sua opinião em nossa enquete.
No dia 05 de maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a legalidade da união homoafetiva. Quatro dias depois, o jornalista Liorcino Mendes Pereira Filho, 46 anos, e o estudante Odílio Cordeiro Torres, 23 anos, celebraram contrato de união estável. Nesta sexta-feira (17), o juiz Jeronymo Pedro Villas Boas, da 1ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos de Goiânia (GO), anulou o contrato alegando que o STF não tem competência para determinar a legalidade da união estável, por não estar esta união contida na Constituição Federal. Para o juiz, somente o Congresso Nacional poderia “dar esse direito”. Além da anular o contrato, Villas Boas determinou que nenhum Cartório de Registro de Títulos e Documentos e do Registro Civil da Comarca de Goiânia oficialize união do mesmo tipo.
O casal Liocino e Odílio com o contrato civil - foto: Mirelle Irene – fonte: notícias terra
Miguel Cançado, presidente em exercício da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), classificou a decisão como “retrocesso moralista” e condenou a decisão de Villas Boas. Já o magistrado Luiz Fux, ministro do STF, a definiu como um “atentado” à Corte e afirmou ser passível de cassação. O ministro afirmou ainda que, certamente, uma reclamação a respeito da decisão do juiz chegará ao Supremo, que deverá reverter a medida e manter os direitos dos homossexuais, e que essa reclamação ficará registrada no histórico funcional do juiz, além de ser encaminhada aos órgãos disciplinares do Judiciário. O ex-presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, confirmou que a decisão de Villas Boas deve ser anulada e que não acredita que a decisão da Suprema Corte seja revertida.
Opinião:
Esse juiz Villas Boas, além de retrógrado, ou é inconsequente ou está perdendo a sanidade. Como é que um juiz de primeira instância pode contradizer a instância máxima, a Suprema Corte? E pior, o juiz agiu por ofício, sem ser provocado por um pedido. Ele afirmou que soube da união entre Léo Mendes (como Leorcino é conhecido) e Odílio pela imprensa. Ele escreveu que “a ideia de um terceiro sexo (decorrente do comportamento social ou cultural do indivíduo), portanto, quando confrontada com a realidade natural e perante a Constituição Material da Sociedade (Constituição da Comunidade Política) não passa de uma ficção jurídica, incompatível com o que se encontra sistematizado no Ordenamento Jurídico Constitucional”.
Se Villas Boas considera normal um juiz de primeira instância contestar e desacatar uma decisão do Supremo, deve considerar também que um Oficial de Justiça conteste e desacate uma ordem judicial por ele expedida.
Para o juiz goiano, “reconhecer este tipo de direito a homossexuais é o ‘mesmo que admitir que um determinado vocalista de banda de rock fizesse a exposição de seus órgãos íntimos em público’”.
O amor não tem sexo, raça, ou cor – fonte: projetoctrhomofobia

Alguém precisa dizer a esse juiz homofóbico, que não se trata de terceiro sexo algum e lembrá-lo de que o artigo 5º da Constituição Federal diz que todos são iguais perante a lei, que o homossexual deve ter garantido o direito à herança daquilo que constrói junto com o parceiro, e isso não é ficção. Se o artigo 226 da Constituição (que foi sancionada em 1988) só trata da união entre heterossexuais e até o momento o Congresso não aprovou legislação específica regulamentando a união homoafetiva, é claro que o STF deve se pronunciar a respeito, se não o fizesse, os ministros estariam sendo tão preconceituosos quanto os retardados que nas ruas se acham no direito de espancar os homossexuais ou de atearem fogo em mendigos ou indígenas por serem diferentes deles.
A lei deve garantir todos os direitos às pessoas, independente do sexo, classe social ou da etnia. Se ela falha em algum ponto, não deve servir de pretexto para se acobertar crime algum. Negar o direito à herança ou até mesmo o casamento ao homossexual é negar-lhes o direito de aplicabilidade do artigo 5º da Constituição, e isso é inadmissível em um Estado que se pretende democrático.
"Dificil mundo este em que vivemos, onde é mais fácil quebrar um átomo que um preconceito"
Albert Eisten

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Reforma Política XI: Fidelidade Partidária

Muito se fala sobre Fidelidade Partidária mas não se reflete sobre o tema com a profundidade necessária. Se analisarmos bem, a maioria das opiniões reflete um pensamento mesquinho, onde se expressa apenas os interesses políticos dos partidos. E os interesses sociais, do cidadão, do eleitor, onde é que ficam?
No dia 28 de março de 2007, o então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, defendeu a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de considerar os mandatos pertencentes aos partidos ou às coligações, e não aos eleitos. Afirmou que o eleitor deve ser respeitado e entregou a proposta de reforma política da OAB ao então presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Em seu blog, no dia 03 de maio de 2009, o escritor Jorge da Cunha Lima já considerou a Fidelidade Partidária como o primeiro ponto da reforma política. Criticou a quantidade de partidos existentes no Brasil e a facilidade com que se cria um partido, afirmando ser essa a principal causa da existência de legendas de aluguel. Defendeu, dentre outras propostas, a existência de poucos partidos, a lista partidária e a fidelidade radical para os eleitos, como o melhor caminho para a reforma política.
Já o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli - que não fazia parte da corte em 2007 - afirmou, dia 26 de maio do corrente ano, que a Fidelidade Partidária “engessa” a democracia. Disse ainda que não é possível exigir unidade nacional dos partidos, pois “A história brasileira é uma união de elites regionais”, declarou.

Muitos partem em defesa da Fidelidade Partidária e poucos se posicionam contra. Mas afinal, a Fidelidade é boa ou ruim para a política nacional?

Penso que do jeito que está – com a promiscuidade partidária - não pode ficar. Creio ainda que, com o sistema proporcional, o mandato deva realmente pertencer ao partido ou à coligação, como decidiu o TSE, defenderam a OAB em 2007 e o escritor Jorge Cunha Lima em 2009, mas concordo também, em parte, com o ministro Toffoli. Em parte porque, mesmo sendo a favor da Fidelidade Partidária, compartilho da ideia de que é impossível exigir a unidade nacional dos partidos pelo mesmo motivo declarado pelo ministro. Há incoerência nisso? Não se levarmos em conta que o eleitor não deve ser lesado em suas decisões de voto.

Se o sistema é proporcional, mesmo votando em um determinado candidato ao legislativo, o eleitor acaba por favorecer outros candidatos do mesmo partido ou da coligação a qual o partido do seu candidato pertença. Sendo eleito com votos alheios, o mandatário de um cargo legislativo não é dono das ideias vendidas pelo partido e/ou coligação ao qual fez parte no pleito que o elegeu. Devo então posicionar a favor da Fidelidade, mesmo concordando com o ministro Toffoli quando afirma que não se pode exigir uma unidade nacional dos partidos por causa da união de elites regionais.
Fonte:  inblogs

Na verdade, não é a Fidelidade Partidária que está errada, mas a hegemonia política das elites, que deve ser combatida pela reforma política em curso, o que parece que não ocorrerá. A Fidelidade Partidária que defendo é a que evita o oportunismo reinante na política brasileira, onde os interesses defendidos são os pessoais e os do capital, levando os políticos a trocar de partido seguindo “a onda”, a tendência política em voga. A Fidelidade Partidária que defendo é a que o partido político, apresentando o seu programa, as suas propostas e os seus candidatos, convencendo o eleitor a neles votar, seja no executivo ou no legislativo, os eleitos deverão cumprir à risca aquilo que defenderam, ele e seu partido/coligação, em campanha.
Nesse sentido, os partidos políticos também devem ter a sua fidelidade cobrada: se o governante não cumpre as promessas de campanha, deve ser penalizado de alguma forma, pelo próprio partido a que pertença. Se o partido não o pune, deve ele (o partido) ser legalmente punido. A Fidelidade Partidária que defendo é para os políticos e para os partidos, afinal de contas, ambos devem satisfações à sociedade brasileira que os elege, principalmente se passar a proposta de Financiamento Público de Campanha.
Fonte: blog0news

Na Fidelidade Partidária que defendo, se o político que foi eleito por um partido - que apresentou claramente seu programa e suas propostas - não cumprir aquilo que levou o eleitor a elegê-lo, o partido tem por obrigação de reivindicar o seu mandato, se não o fizer, a lei eleitoral deve puni-lo. Na Fidelidade Partidária que defendo, o partido que não EXIGE coerência e fidelidade programática de seus eleitos, deve ser punido legalmente com a perda do mandato, pois creio que o mandato não pertença nem ao político eleito, nem ao partido ao qual foi eleito, mas ao povo que o elegeu.
Se somos OBRIGADOS a dar o nosso voto, o que deveria ser um DIREITO, porque então eles (políticos e partidos) também não são igualmente OBRIGADOS a cumprir seus programas, propostas e promessas de campanha?
Só pra descontrair, assista ao vídeo e acompanhe a letra da música “Fidelidade Partidária”.
Fidelidade Partidária
Composição : Wilson Moreira / Nei Lopes
Fidelidade Partidária
(Wilson Moreira - Nei Lopes)

Minha tia-avó Rosária, partideira centenária,
Perguntou pra mim: "Meu neto,
O que é fidelidade partidária?".
Pergunta assim tão sumária
Tem que ter a necessária resposta
E eu respondo certo o que é fidelidade partidária.

Por verde-amarelo na indumentária
(É fidelidade partidária...)
Feijão com arroz na sua culinária
Ajudar quem tem situação precária
Não fazer acordo com a parte contrária
Nem demagogia com a classe operária
Gritar que tem gringo pintando na área
Gostar de partido igual tia Rosária
Isso é fidelidade partidária...

Rejeitar propina na conta bancária
(É fidelidade partidária...)
Não ter filial nem subsidiária
Amar a patroa mais que a secretária
Só fazer amor na sua faixa etária
Mas dar uma força pras celibatárias
Que tenham bons dentes na arcada dentária
Gostar de partido igual tia Rosária
Isso é fidelidade partidária...

Fonte da letra: letras.mus.br
“Estou pensando em criar um vergonhódromo para políticos sem-vergonha, que ao verem a chance de chegar ao poder esquecem os compromissos com o povo.”
Leonel Brizola

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Boatos de paralisações dos professores em Ibititá

A paralisação é um instrumento de luta que deve ser utilizado com responsabilidade e critério. Não deve ser banalizado pois, assim, desmoraliza a categoria e enfraquece o sindicato.
A paralisação é um legítimo instrumento de luta, mas só é usado para demonstrar a união e a disposição de uma categoria para pressionar o patronato a ceder nas negociações de reivindicações propostas ou no cumprimento de direitos. Ela deve ser aplicada com critério e previamente divulgada para que a classe trabalhadora e o patrão tenham conhecimento antecipado de sua data, a primeira para se mobilizar e a segunda para perceber a capacidade de mobilização, a união e a disposição dos trabalhadores de lutarem por seus direitos e por suas reivindicações.
No entanto em Ibititá surgiram, nos últimos dez dias, dois boatos de paralisações dos professores: a primeira na terça-feira (31) e a segunda ainda nessa semana. Para a primeira, a APLB Sindicato teve de desmentir em rádio, informando que pessoas inescrupulosas teriam conseguido invadir o sítio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e modificado a data da paralisação nacional (que já teria ocorrido) do dia 11 para o dia 31 de maio. Quanto ao segundo boato, não temos conhecimento de onde teria surgido.
É preciso que a categoria esteja atenta e aja com responsabilidade, não acreditando em boatos que venham a surgir. A CNTE sempre divulga seu calendário de lutas com antecedência e os sindicatos têm conhecimento prévio para que possam promover a mobilização da categoria. Para o segundo semestre, a entidade prevê a aprovação do calendário na reunião de seu Conselho Nacional de Entidades, nos dias 16 e 17 de junho.
Diante disso, não se deve acreditar em possíveis paralisações nos próximos 60 dias, já que, aprovado o calendário para o segundo semestre, os sindicatos deverão buscar negociar com o poder público qualquer reivindicação proposta e mobilizar a categoria se não houver avanço nas negociações. Alerto os colegas do magistério que qualquer mobilização por parte da categoria deve ser aprovada em assembleia mediada pela APLB Sindicato. Qualquer informação sobre uma mobilização municipal que não parta desse nosso representante legal não é legítima e não merece crédito, portanto, não acredite. Sobre mobilizações de caráter estadual, acesse o sítio da APLB Sindicato, de caráter nacional, você poderá acessar também a CNTE.
No entanto, a melhor maneira de nos proteger dos boatos, é sermos atuantes. Reiterando o que foi dito na publicação A Galinha Vermelha e em 1º de MAIO: Dia do TRABALHO ou do TRABALHADOR?, convido a todos os profissionais do magistério de Ibititá a ser uma galinha vermelha e lutar pela categoria em memória dos mártires de Chicago. Não cruzemos os braços, esqueçamos nossas paixões políticas e lutemos com responsabilidade - sejamos situação ou oposição - pela verdadeira valorização e pela dignidade de nossa profissão. Observe a tabela comparativa dos repasses do FUNDEB do nosso município e veja a evolução da verba entre janeiro de 2007 e março de 2011 em O Piso e o Repasse do FUNDEB. Para atualizar a tabela, os repasses de: abril R$ 721.872,47; maio R$ 559.366,61; junho (até a hora dessa publicação) R$ 202.092,64. Se você quiser acompanhar os repasses das verbas municipais ou verificar verbas repassadas em datas anteriores, basta entrar no sítio do Banco do Brasil.
Para cobrarmos responsabilidade do poder público para com a categoria, temos que ser responsáveis para com as nossas funções.
Prof. Ronaldo