PARA ME ENTENDER

A minha OPINIÃO é ESQUERDA e VERMELHA. ESQUERDA por ser contrária a toda forma de dominação, de imposição, opressão, discriminação, toda forma contrária aos interesses da maioria, aos interesses da natureza. VERMELHA em homenagem às ideias e aos idealistas contrários ao capitalismo e ao sangue injustamente derramado: sangue inocente, sangue justo, sangue prudente, sangue que corre nas veias e artérias de todo humano que respira, sonha, sofre e padece nas mãos de seu predador... seu semelhante, o próprio HOMEM. Deixo aqui minha humilde homenagem aos meus heróis: Sócrates (O Pai da Filosofia), Sidarta Gautama (O Buda), Mahatma Gandhi, aos Mártires de Chicago, Martin Luther King, Ernesto Rafael Guevara de la Serna (Che Guevara), Carlos Lamarca, Chico Mendes, John Lennon, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Renato Russo, Cazuza, ao eterno Raul Seixas e, acima de tudo e de todos, ao inspirador de todos nós, JESUS CRISTO!















terça-feira, 19 de julho de 2011

Quem é o verdadeiro campeão brasileiro de 1987: Sport ou Flamengo?

A polêmica envolvendo o título de Campeão Brasileiro de 1987 vai muito além  do fato de os clubes integrantes do Módulo Verde não terem aceitado participar do quadrangular final com o Módulo Amarelo. Envolve interesses econômicos, total desorganização da CBF e falta de regras claras para definir quem pertencia a que divisão, que só vieram a ser estabelecidas à partir de 1988, por exigência da FIFA.
Para que se possa entender bem a DISPUTA/GUERRA/NOVELA desse título polêmico envolvendo interesses diretos de três clubes (Flamengo, São Paulo e Sport), é necessário conhecer um pouco da história dessa competição.


Posteres dos dois Rubro Negros de 1987 - Fonte:  blog do Milton Neves
O Campeonato Brasileiro de Futebol foi criado em 1971. Antes deste ano não havia uma competição nacional oficial no Brasil e para participar das competições do continente os clubes disputavam vaga pela Taça Brasil (1959/1968)  e pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970). Também não havia uma padronização para a competição: a cada ano havia uma nova forma de disputa, com novas regras e o número de participantes aumentava a cada ano, chegando a ser disputado por 96 clubes em 1979, ano em que tivemos o único campeão invícto da história desse campeonato: o Internacional. Mas vamos nos concentrar na forma e na quantidade de clubes participantes do campeonato sob o comando da CBF, em especial, o de 1986.
Em 1980, a Confederação Brasileira de Dasportos (CBD) foi desmembrada e surgiu a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Pressionada pelos clubes mais tradicionais para reformar o Campeonato Brasileiro por causa do número crescente de clubes participantes, a CBF dividiu o Campeonato em três divisões: Taça de Ouro com os 40 clubes mais fortes da época, Taça de Prata e Taça de Bonze, mas criou um mecanismo de acesso intermediário para o mesmo ano das competições, com as 4 equipes melhor classificadas na primeira fase da Taça de Prata passando a disputar a segunda fase da Taça de Ouro e as demais equipes continuariam na Taça de Prata, disputando mais duas vagas para a Taça de Ouro do ano seguinte. Nesse ano foram disputadas três fases antes da fase final.
No ano de 1981, a CBF adotou outro crítério de acesso à Taça de Ouro, levando à disputa os 6 primeiros colocados no campeonato paulista; os 5 primeiros do carioca; o campeão e o vice de RS, MG, PR, BA, PE, CE e GO; os campeões dos outros 13 estados; mais o campeão e o vice da Taça de Prata do ano anterior, reservando ainda, para a segunda fase, os 4 melhores da primeira fase da Taça de Prata do mesmo ano. Nesse ano o campeonato foi disputado com duas fases antes da fase final. Em 1982 foram mantidos os critérios de 1981, porém contou com uma repescagem entre os os quartos colocados de cada grupo na primeira fase. Em 1983, apenas algumas mudanças: foi mantida a repescagem da primeira para a segunda fase mas voltou e ter uma terceira fase; mudaram os critérios de inclusão dos clubes no campeonato, levando o Santos a participar da Taça de Ouro como convidado, pois ficara em nono no Campeonato Paulista e deveria disputar a Taça de Prata.
Em 1984 houve uma nova mudança para o acesso da Taça de Prata para a Taça de Ouro: dessa vez, apenas um clube foi promovido no meio da competição, o campeão da Taça de Prata diretamente para a terceira fase. Porém o Juventus-SP, campeão da série B em 1983, saiu prejudicado por não ter vaga na série A desse ano pois, diante de muitas reclamações com o sistema de classificação pelos campeonatos regionais, a CBF reservou duas vagas para os clubes de bom retrospectos no brasileiro que foram mal nos estaduais: Vasco da Gama, 7º colocado no Campeonato Carioca (que acabou sendo vice no brasileiro daquele ano), e Grêmio, 3º no gaúcho.
em 1985, houve a fusão das Taças de Ouro e de Prata, com uma primeira fase contando 20 clubes divididos em dois grupos representando a série A e 24 clubes, também divididos em dois gupos, representando a série B, perfazendo um total de 44 clubes participantes desse certame. Para a segunda fase, classificaram 16 clubes: oito de cada uma das duas séries, que foram distribuídos em quatro novos grupos.
Em 1986, a CBF reuniu 80 clubes divididos em oito grupos para disputar o campeonato, fundindo as Taças de Ouro, de Prata e de Bronze, respectivamente as séries A, B e C, numa confusão tão grande que acabou contribuindo para apimentar a grande polêmica do Título do ano seguinte. O regulamento previa a classificação de 32 clubes para a segunda fase do campeonato: 28 dos grupos A a D e 4 dos grupos E a H. Naquele ano, o STJD concedeu dois pontos para Joinville que havia empatado em 1x1 com o Sergipe, por caso comprovado de doping. Com isso, o Vasco se sentiu prejudicado por não se classificar e entrou na justiça comum para anular a decisão e o Joinville também entrou na justiça comum para garantir a sua vaga. A CBF resolveu então classificar os dois e eliminar a Portuguesa por ter entrado na justiça comum por questão de venda de ingressos. Com tal decisão, vários clubes paulistas ameaçaram abandonar a competição e a CBF resolveu promover mais três clubes dos grupos A a D para poder organizar a tabela da segunda fase. O regulamento desse ano previa o rebaixamento dos clubes desclassificados na primeira fase e os dois últimos colocados  em cada grupo na segunda fase. Por ele, estariam rebaixados para a série B, Operário-MS, Sampaio Corrêa, Remo, Coritiba, Botafogo-PB, Sergipe, Paysandu, Tuna Luso, Piauí, Operário-MT, Fortaleza e Alecrim (clubes que ficaram na primeira fase) e Botafogo-RJ, Ponte Preta, Vitória, Central, Sport, Comercial-MS, Nacional e Sobradinho (últimos colocados dos grupos da segunda fase). Vale lembrar que, se não fosse a virada de mesa da primeira fase, também deveriam estar no rebaixamento Vasco (pivô da confusão) e os outros três convidados para compor a tabela da segunda fase: Santa Cruz, Sobradinho e Náutico.
Entramos então para a competição de 1987 e a polêmica que envolve a famosa “Taça das Bolinhas”.


A Polêmica Taça das Bolinhas - Fonte:  Sport
Existem várias versões contraditórias quanto ao ocorrido no ano de 1987. Vejamos então, algumas delas:


Taça da Copa União de 1987 - Fonte: Flamengo
Flamengo - revoltados com o imenso prejuízo que os treze maiores clubes do país (Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthias, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Inter-RS, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco) vinham tendo nos anos anteriores a 1987, estes resolveram enfrentar a CBF e montar um campeonato paralelo. A FIFA ameaçou suspender todos os clubes que desrespeitassem a CBF. Ouve uma conciliação e o Clube dos 13, juntamente com mais três clubes convidados formariam um Módulo Principal para disputar o Campeonato Brasileiro da 1º Divisão e a CBF organizaria mais três Módulos representando a segunda e a terceira divisão, prestigiando seus compromissos políticos com as demais federações do país. No meio da competição, a CBF resolveu mudar o regulamento e impôs um quadrangular entre os dois primeiros clubes dos Módulos Verde e Amarelo, o que não foi aceito pelo Clube dos Treze, que consideravam o Módulo Amarelo como a “segundona”. Alega ainda que, em 1988 o Conselho Nacional de Desportos reconheceu a conquista que não foi acatada pela CBF.


Álbum de figurinhas de 1987 - Fonte: Flamengo
Sport - os clubes dos grandes centros e maiores em termos de títulos e torcida, resolveram se unir e criar um campeonato exclusivo com eles. Uniram-se à Rede Globo e conseguiram o patrocínio da Coca Cola para o torneio, colocando sua marca na camisa de todos os times, nos prismas principais dos estádios e nas transmissões da Rede Globo. A CBF foi contra, pois tendo entre os 13, clubes rebaixados para a segunda divisão, poderia fazer com que qualquer clube que se sentisse prejudicado entrar com ação judicial e que ganharia. O Clube dos Treze teve então a ideia de dividir os 32 clubes da primeira divisão em dois módulos com 16 clubes cada. No Módulo Verde, além dos treze, entrariam também o Goiás e o Coritiba por serem os dois não pertencentes ao Clube melhores classificados no ranking da CBF e o Santa Cruz por causa da pressão política exercida por Marco Maciel e pela amizade pessoal entre os presidentes do Santa Cruz e do Flamengo. O regulamento do campeonato já previa, desde o início o cruzamento entre os campeões e os vices de cada um dos Módulos, mas quando já estava perto da definição dos campeões de cada Módulo, o Clube dos Treze convocou uma reunião do Conselho Arbitral propondo mudança no regulamento, acabando com o quadrangular final e decretando como campeão e vice do campeonato os dois vencedores do módulo verde. Na votação obtiveram a maioria dos votos pela unanimidade dos membros de seu Módulo, contaram com alguns votos do Módulo Amarelo, entre eles o Náutico, rival do Sport. Como não houve unanimidade entre os membros do Conselho Arbitral, conforme previa o seu regulamento, a mudança não poderia valer. Este erro fez o Flamengo perder todas as tentativas jurídicas de obter o título de 1987.
Protesto contra a Coca Cola em 1987 - Fonte: Sport
Blog do Milton Neves - Cartola do Sport explica por escrito por que o Fla não é penta

... Além da histórica conquista do Campeonato Brasileiro de 1987, com uma briosa e temida equipe de futebol, o SPORT CLUB DO RECIFE contribuiu para o triunfo da Justiça no futebol deste País, até então marcado pelos desmandos e arbitrariedades de muitos dirigentes. Basta lembrar que, naquele ano, a Rede Globo, a Coca-Cola e a VASP patrocinaram o Campeonato Brasileiro, pela primeira vez, com recursos vultosos, para a época. Isso, infelizmente, acabou provocando um sem-número de tentativas de burla, capitaneadas pelo Sr. Márcio Braga e por outros dirigentes, do que resultou terem ficado todos aqueles recursos, todos, exclusivamente com os componentes do Módulo Verde, como se apenas eles fizessem parte da 1ª Divisão do Futebol Brasileiro Profissional.
Registro, por oportuno, que, segundo o referido Regulamento (Art. 6º, parágrafo 3º), a associação que conquistasse o Campeonato Brasileiro por três vezes consecutivas, ou por cinco vezes alternadas, teria a posse definitiva do troféu de campeão, ofertado pela Caixa Econômica Federal. Por tudo isso, é hora de pôr-se um ponto final nessa teimosa e vã peleja tendente à negação da História: aquela taça cabe, de fato e de direito, ao São Paulo Futebol Clube, pelos seus próprios méritos, mas também pela vitória desportiva e moral do SPORT CLUB DO RECIFE, em 1987.

Homero Lacerda,ex-presidente do Sport Recife - Fonte: blog do Milton Neves
Wikipédia - a CBF enfrentava problemas financeiros e administrativos em 1987 e, em junho, seu presidente anunciou via imprensa que não teria condições de organizar o Campeonato Brasileiro daquele ano. A notícia foi confirmada pelo vice presidente da entidade que deu todo o aval para o presidente do São Paulo convencer os principais clubes a fundarem uma associação entre eles para organizar o campeonato. Foi formado Clube dos Treze com os clubes que, segundo levantamento do Jornal do Brasil, representavam juntos, 95% de todas as torcidas do futebol brasileiro, na época. Em conciliação entre as partes, a CBF exigiu apenas que o Clube dos Treze incluísse pelo menos mais três clubes de Estados diferentes. A exigência foi cumprida com a inclusão de Coritiba, Goiás e Santa Cruz, que na época, em suas regiões, tinham melhor desempenho nos campeonatos nacionais e eram mais populares. Estava formado o grupo que disputaria a Copa União em 1987: 14 clubes classificados à série A e 2 que haviam sido rebaixados à série B (Botafogo e Coritiba) pelo regulamento do Campeonato Brasileiro de 1986. Ficaram fora dois clubes bem colocados no campeonato do ano anterior: Guarani, vice campeão do ano anterior, e América-RJ, 4º colocado, sem objeção alguma da CBF. O objetivo principal da CBF era diminuir os prejuízos obtidos nos jogos sem importância contra clubes menores e para isso, os grandes clubes “pagariam a conta” das despesas desses jogos. O Módulo Amarelo passou a ser considerado, por diversos órgãos de imprensa, a Segunda Divisão e os Módulos Azul e Branco, como a Terceira Divisão, também por vários órgãos de imprensa. Por medo de não ser mais considerada útil pelos clubes e por ambição com o enorme sucesso comercial obtida pelo Módulo Verde, a CBF se arrependeu de ter renunciado a responsabilidade de organizar a competição e quis mudar o regulamento da Copa União já em andamento, tentando incluir, de alguma forma, os 16 clubes do Módulo Amarelo. Para conciliar os seus interesses com o Clube dos 13, a Copa União passaria a se Chamar Módulo Verde e no final, deveria haver um cruzamento entre os campeões e os vices dos dois Módulos para decidir quem seriam os dois representantes do Brasil na Taça Libertadores da América de 1988, mas a fórmula de disputa não foi aceita pelos clubes do Módulo Amarelo, que queriam que o campeonato também fosse definido no cruzamento. O Clube dos 13, em reunião na cidade de São Paulo, fizeram unilateralmente uma versão preliminar do regulamento definindo o cruzamento dos Módulos ainda em 1987, somente para definir os representantes na Libertadores de 1988, mas a CBF divulgou em 1º de outubro, sem aprovação do Clube dos 13, versão final do cruzamento entre os Módulos em janeiro de 1988, para definir também o campeão brasileiro, o que não foi aceito pelos clubes do Módulo Verde. Quando Eurico Miranda ficou como interlocutor do Clube dos 13, assinou um documento que previa o cruzamento proposto pela CBF, mas os clubes do Módulo Verde não aceitaram a proposta de cruzamento, enquanto que os clubes do Módulo Amarelo, mesmo antes do início do campeonato, sempre foram explicitamente contra o não cruzamento dos dois módulos. Anunciada pela CBF a tabela do quadrangular final, o Flamengo convocou reunião do Conselho Arbitral e o Sport entrou com ação cautelar que foi acatada na 10ª Vara de Justiça Federal da Secção Judiciária de Pernambuco, para garantir o cumprimento da resolução nº 16/86 do Conselho Nacional do Desporto, que em seu artigo 5º estabelece que qualquer decisão tomada no Conselho Arbitral só teria validade em caso de unanimidade, o que não houve. Flamengo e Internacional se recusaram a disputar o quadrangular com o apoio do Clube dos 13 e a CBF realizou uma reunião com quase todos os presidentes das federações em sua sede para tentar estabelecer punição aos dois clubes que se recusavam disputar o quadrangular. O Flamengo entrou com recurso na justiça comum para não ser obrigado a jogar o cruzamento que foi acatado pela 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro e a CBF ameaçou punir Flamengo e Sport por terem ingressado na justiça comum. Sport e Guarani venceram Flamengo e Internacional por WO e a CBF declarou Sport Campeão Brasileiro de 1987, enquanto o Clube dos 13 e o CND declararam o Flamengo Campeão Brasileiro. Sport e Guarani foram os representantes do Brasil na Taça Libertadores da América de 1988, o caso foi levado até a última instância da justiça comum que, desde 2001, deu ganho de causa ao Sport. Em fevereiro de 2011 a CBF declarou Sport e Flamengo como campeões de 1987, segundo a imprensa esportiva, devido à interesses e manobras políticas para enfraquecer o Clube dos 13 que estava em vias de organizar um novo processo de concorrência para a cessão de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, mesmo nunca tendo questionado a legitimidade do título do Flamengo, mas o reconhecimento da CBF somente em 2011. Em junho deste ano, acatando a decisão da 10ª Vara da Justiça Federal de Primeira Instância da Seção Judiciária de Pernambuco revogando a decisão que daria o título de 87 também ao Flamengo, a CBF retirou novamente o título de campeão, voltando o Sport a ser o único Campeão Brasileiro de 1987. O Flamengo afirmou que irá recorrer.

Diante tudo que foi exposto, cada um pode tirar a sua conclusão e formar a sua opinião, isso é inegável. Sei que cada um, por questão de conveniência, pode defender Sport, Flamengo e até a divisão do título de 1987 entre os dois clubes. Porém, particularmente, por uma questão de justiça, considero o Sport Club do Recife como VERDADEIRO E ÚNICO CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1987. E explico o porquê:
  1. É verdade que, pelo regulamento de 1986, o Sport estaria rebaixado para a “segundona”, como gostam de afirmar os flamenguistas, mas não é desculpa para não disputar o quadrangular, com a afirmação de que o Módulo Amarelo era a segunda divisão, pois quem implantou isso no imaginário popular (principalmente dos flamenguistas convenientes) foi a mídia da época.
  2. O fato de o Módulo Verde contar com os 13 clubes de maiores torcida não significa que os demais clubes fossem da segunda divisão. Só para lembrar:
a)    Guarani e América-RJ disputaram o módulo Amarelo e foram, respectivamente, vice e quarto colocado em 1986, jamais poderiam ser rebaixados em 1987;
b)    Botafogo e Coritiba disputaram o Módulo Verde e foram, respectivamente, 31º e 44º colocados em 1986 e pelo regulamento do campeonato daquele ano, estariam rebaixados em 1987;
c)    Vasco e Santa Cruz disputaram o Módulo Verde e, não fosse a virada de mesa no caso do doping comprovado jogo Joinville 1x1 Sergipe, ambos também estariam rebaixados pelo regulamento do campeonato de 1986.
  1. Se Flamengo e Internacional não se recusaram disputar o Módulo Verde com dois rebaixados de fato e com mais dois beneficiados pela virada de mesa do ano anterior, por que se recusaram jogar com um igualmente rebaixado no ano anterior e atual campeão e com o vice nos dois anos?
  2. Por que o Clube dos 13 aceitava o quadrangular para disputar as vagas na Libertadores mas se recusavam a disputar o título do campeonato? Por acaso houve algum caso, antes ou depois de 1987, em que o campeão e o vice da “segundona” disputou vaga para a Libertadores com o campeão e o vice da “PRIMEIRONA”?
  3. Será que o Flamengo e o Clube dos 13 contavam que a mídia e um Álbum de Figurinhas com a assinatura da Placar e com os dizeres “O VERDADEIRO CAMPEONATO BRASILEIRO” e “CROMOS DOS 16 MAIORES TIMES DO PAÍS” fossem suficiente para incutir na cabeça de todos, inclusive da justiça, que o Módulo Amarelo era a “segundona”?
  4. Ou será que contavam com as tradicionais viradas de mesa também nesse caso, como ocorreu:
a)    Em 1986 com Vasco, Santa Cruz, Sobradinho e Náutico, que escaparam do rebaixamento ao se beneficiarem da confusão causada no caso do doping comprovado no jogo Joinville 1x1 Sergipe?
b)    Em 1984, novamente com Vasco e com o Grêmio, que disputaram a Taça de Ouro, quando o regulamento previa que disputariam os 5 primeiros no Campeonato Carioca e somente o campeão e o vice do Campeonato Gaucho, mesmo ficando o Vasco em 7º no Campeonato Carioca e Grêmio em 3º no Gaúcho?
c)    Em 1983 com o Santos que disputou a Taça de Ouro como convidado por ter ficado em 9º no Campeonato Paulista e, pelo regulamento, disputariam apenas os 6 primeiros?

Sport Campeão Brasileiro de 1987 – Fonte: Sport
O Sport foi obrigado a recorrer à justiça para fazer valer o que dele era de direito, pois se deixasse a decisão nas mãos dos cartolas, da CBF e do CND, fatalmente teria perdido o título de Campeão Brasileiro de 1987.
Existem aqueles que, quando não ganham no apito, querem desmerecer aqueles que conquistam na garra, mas nem sempre a (IN)justiça prevalece. Sport é o verdadeiro Campeão Brasileiro de 1987. Um dia todos reconhecerão, como a própria CBF e a JUSTIÇA FEDERAL. Em todas as instâncias.
Prof. Ronaldo

quinta-feira, 14 de julho de 2011

CORINTHIANS: PRIMEIRO CAMPEÃO MUNDIAL DE CLUBES

Em 2000, a FIFA organizou o primeiro Campeonato Mundial de Clubes, que foi vencido pelo Corinthians. Porém, até hoje, torcedores de outros clubes, sobretudo são paulinos e flamenguistas, insistem em “desmerecer” essa conquista legítima do Timão. Por quê?

Em pé: Dida, Kléber, Fábio Luciano, Vampeta, Ríncon e Adílson Batista. Agachados: Luizão, Índio, Ricardinho, Marcelinho Carioca e Edílson. Fonte: Blog do Razec

Mais de onze anos se passaram depois da conquista corintiana do título de 1º Campeão Mundial de Clubes da FIFA, muitos torcedores de outros clubes continuam desdenhando, menosprezando esse título, advindo de um campeonato organizado pela autoridade máxima do futebol mundial e por isso não pode ser contestado. Ainda assim, muitos incoerentes tentam minimizar a sua importância com argumentos sem fundamento e pior, sem querer ouvir argumentação alguma, sempre buscando “ganhar” a discussão no grito ou na base da gozação, da piada. Por isso, resolvi publicar nesse espaço, meus argumentos, reflexões e conclusões.
Fonte: FIFA
Vamos agora, aos principais argumentos que os torcedores não corintianos usam contra esse título conquistado pelo Timão, alguns em tom de gozação, mas sempre, com a insistência em não dar oportunidade de contra-argumentação:
  • Não há legitimidade em um campeonato disputado por “meia dúzia de clubes convidados”
O campeonato de 2000 foi disputado por oito clubes divididos em dois grupos e todos tiveram méritos para disputá-lo, não merecendo portanto, a classificação de “convidados”. Abaixo, tabela do sítio wikipédia com os clubes participantes e com os títulos que os credenciaram a disputar o campeonato...

... e cópias da revista Placar de janeiro de 2000 com os dois grupos, onde podemos observar um breve histórico de cada clube bem como o motivo de estar participando do Campeonato, confirmando a tabela acima.
Para melhor visualização, clique na tabela desejada
Cai por terra a argumentação de que o Campeonato de 2000 foi disputado por “meia dúzia de clubes convidados”.
  • O mundial de 2000 foi um “torneiozinho único, que nunca mais aconteceu, que foi inventado pela FIFA” para o Corinthians dizer que tem um mundial;
Outra mentira. A verdade é que em 1999 a FIFA anunciou que no mês de janeiro de 2000, realizaria o seu primeiro mundial de clubes, com a participação de clubes representando as federações de todos os continentes. A ideia era justamente substituir a Taça Intercontinental organizada pela Toyota, corretamente rebatizada, a partir de 1980, de Copa Europeia/Sul-Americana Toyota, realizada desde 1960 e que contemplava apenas dois continentes, não merecendo portanto, a classificação de Mundial.
E dizer que nunca mais ocorreu é uma distorção da realidade dos fatos pois, em 2001 já estava tudo pronto para a sua segunda edição, que só não ocorreu devida à falência da parceira da FIFA, a empresa suíça ISL. Veja tabela abaixo com os clubes que participariam dessa segunda edição, que só veio ocorrer a partir de 2005.
Copa Libertadores da América (Vencedor de 1999 e vice-campeão de 2000)
Liga dos Campeões da CAF (Vencedor de 2000)
Liga dos Campeões da AFC (Vice-campeão de 2000) e Supercopa da Ásia (Vencedor de 1999)
Liga dos Campeões da OFC (Vencedor de 2000)
Copa da CAF (Vencedor de 2000)
Supercopa da UEFA (Campeão de 2000)
Liga dos Campeões da UEFA (Vencedor de 1999/2000)
Campeonato Espanhol (Vencedor de 1999/2000)
Liga dos Campeões da CONCACAF (Vice-campeão de 2000)

Considerando o Campeonato Mundial da FIFA de 2000 “um torneiozinho inventado pela FIFA” é desmerecer não só o Corinthians, mas todos os outros seis que a conquistaram: São Paulo (2005), Internacional (2006), Milan (2007), Manchester United (2008), Barcelona (2009) e Internazionale (2010). Além desses, é desmerecido também o vencedor da edição 2011, e que ainda ocorrerá no final do ano, torneio que o Santos disputará.
  • O Corinthians nunca foi campeão da Libertadores da América e não pode ser campeão mundial
               Tudo bem, nunca fomos campeões da Libertadores AINDA, mas um dia esse título chegará. Mas a questão não é ser campeão dela para que o título de mundial tenha validade, até porque, seguindo essa linha de raciocínio, só poderá ter validade um torneio em que TODOS OS ENVOLVIDOS sejam campeões intercontinentais, o que nem sempre ocorreu. Nos dois últimos anos, (como em 2000, quando o Corinthians sagrou-se Campeão), o país sede teve representante que não foi o campeão do continente, e não vejo ninguém desmerecer os títulos do Barcelona e do Internazionale. Veja a tabela abaixo com todas as edições da competição, com todos os seus participantes:

Ano a ano

AnoEuropaAmérica do SulAméricas Central e do NorteÁsiaOceaniaÁfricaPaís anfitriãoClube convidado
2000Inglaterra Manchester UnitedBrasil Vasco (1)México NecaxaArábia Saudita Al-Nassr (1)Austrália South MelbourneMarrocos Raja CasablancaBrasil CorinthiansEspanha Real Madrid
2005Inglaterra LiverpoolBrasil São PauloCosta Rica SaprissaArábia Saudita Al-IttihadAustrália SydneyEgito Al-AhlySem vagaSem convite
2006Espanha BarcelonaBrasil InternacionalMéxico AméricaCoreia do Sul Chonbuk HyundaiNova Zelândia Auckland CityEgito Al-AhlySem vagaSem convite
2007Itália MilanArgentina Boca JuniorsMéxico PachucaJapão Urawa Red DiamondsNova Zelândia Waitakere UnitedTunísia Etoile du SahelIrã Sepahan (2)Sem convite
2008Inglaterra Manchester UnitedEquador LDUMéxico PachucaJapão Gamba OsakaNova Zelândia Waitakere UnitedEgito Al-AhlyAustrália Adelaide United (2)Sem convite
2009Espanha BarcelonaArgentina EstudiantesMéxico AtlanteCoreia do Sul Pohang SteelersNova Zelândia Auckland CityRepública Democrática do Congo TP Mazembe=Emirados Árabes Unidos Al-AhliSem convite
2010Itália InternazionaleBrasil InternacionalMéxico PachucaCoreia do Sul Seongnam Ilhwa ChunmaPapua-Nova Guiné Hekari UnitedRepública Democrática do Congo TP Mazembe=Emirados Árabes Unidos Al-WahdaSem convite
2011Espanha BarcelonaBrasil SantosMéxico MonterreyFlag of None.svg A definir em novembro de 2011Nova Zelândia Auckland CityFlag of None.svg A definir em novembro de 2011Japão A definir em dezembro de 2011Sem convite


(1):Não era o campeão do seu continente.
(2):O campeão asiático foi um time japonês, para evitar a possibilidade de ocorrer uma final entre dois times de um mesmo país novamente (como no Campeonato Mundial de Clubes da FIFA 2000), o representante do país-sede foi o vice-campeão asiático.

Pode-se querer argumentar: Barcelona e Internazionale foram campeões da UEFA para disputar o título, e o Corinthians não foi campeão da Libertadores! Mas aí cabe a pergunta: se fossem Al-Ahli e Al-Wahda os campeões dos mundiais de 2009 e 2010, respectivamente no lugar de Bacelona e Internazionale, esses títulos seriam contestados pelos são paulinos e flamenguistas, da mesma forma como contestam o do Corinthians? Se a resposta for não, por que não a contestariam como contestam a conquista corintiana? Se sim, por que já não contestaram as suas participações antes do início da competição? Será que é porque já sabiam que essas equipes não venceriam o torneio? E quando acontecer de outra equipe representante do país sede ter a mesma competência que teve o Corinthians em 2000 de vencer o mundial, o que irão fazer esses incoerentes? Afirmo isso porque não vejo sentido em participar de um torneio, um clube que saiba de antemão que, caso venha a vencê-lo, seu título não terá valor algum, consequentemente, os demais clubes participantes devem ter em mente que, se não terá validade nesse caso, a competição já está invalidada desde o seu princípio, pois eles estão concorrendo com um clube que nem deveria estar ali.
  • O Corinthians “nunca foi lá” (puxando os olhos, imitando uma característica dos japoneses)
É o argumento mais idiota de todos. Tão idiota que irei me limitar a fazer apenas dois questionamentos:
1.    Barcelona e Internazionale “foram lá”, respectivamente, em 2009 e 2010?
2.    Os imbecis que fazem esse tipo de pergunta desconsideram os títulos desses dois clubes?
Vamos passar, agora, a fazer algumas reflexões...
a.    Se a Copa Mundial de Clubes da FIFA de 2000 foi um “torneiozinho” inventado pela FIFA, os demais por ela organizados (de 2005 a 2010) também o são e também será o de 2011, torneio que o Santos disputará no final desse ano;
b.    Se a FIFA já organizou mais seis e está organizando mais um “torneiozinho” para esse ano, o de 2000 não foi único, como alegam os detratores do título do Corinthians;
c.    Se para um título mundial ter legitimidade é necessário que o clube conquiste antes o título do continente de sua origem, realmente o título da Copa FIFA de 2000 não é legítimo, como não os são os de:
1971, quando o Nacional do Uruguai derrotou o Panathinaikos, vice da UEFA;
1973, quando o Independiente desbancou a Juventus, vice da UEFA;
1974, quando o vice da UEFA, Atlético de Madrid foi campeão do torneio sobre o Independiente;
1977, quando o Boca Juniors venceu o Borussia M’gladbach, vice da UEFA;
1979, quando o Olímpia derrotou o Malmö, vice da UEFA;
1983, quando o São Paulo “sagrou-se bicampeão” derrotando o Milan, também vice da Uefa;
2007, o Spahan entrou no torneio como vice da AFC;
2008, o Dadelaide United entrou no torneio como vice da AFC;
2009, o Al-Ahli disputou o torneio como campeão do país sede;
2010, o Al- Wahda disputou o torneio como campeão do país sede;
2011, pois disputará o torneio, ou um clube campeão do Japão, ou o vice da AFC, caso o campeão seja um clube japonês.
d.    Se para ter valor como Título Mundial é necessário “ir lá”, os mundiais de 2009 e de 2010 são duplamente ilegítimos pois, além de disputarem clubes campeões nacionais, como o de 2000, o certame ocorreu nos Emirados Árabes e, portando, “não foi lá”.
... e tirar algumas conclusões óbvias:
O São Paulo não é tricampeão mundial, pois conquistou, em 2005, o “segundo torneiozinho” da FIFA e nem é bicampeão, pois disputou o título de 1983 com o Milan que, na época, não foi Campeão da UEFA.
Outra conclusão é que se o campeonato da FIFA, autoridade máxima do futebol mundial, que envolveu oito clubes representando as seis federações de todos os continentes, não é um campeonato mundial mas um “torneiozinho”, não será uma disputa envolvendo apenas dois clubes e organizada por uma montadora de automóveis que poderá ser chamado de mundial.
Vamos analisar agora, o conceito que se dá à palavra MUNIDIAL. Começaremos então, expondo a definição dessa palavra que causa tanta polêmica, segundo alguns dicionários da Língua Portuguesa:
Dicionário de Português: adj. Que diz respeito, interessa ao mundo inteiro: política mundial.
Dicionário online de Português: adj. Que diz respeito, interessa ao mundo inteiro: política mundial.
Michaelis UOL: adj (lat mundiale) Que diz respeito ao mundo, ao maior número de seus países; universal, geral: Congresso mundial.
Pelos três dicionários acima, os dois primeiros dão a mesma conceituação e o Michaelis UOL vai um pouco além: “ao maior número de países”. A Primeira Guerra MUNDIAL envolveu principalmente os países europeus, porque era uma guerra que envolvia principalmente interesses ligados aos países europeus, mas dela também participaram Estados Unidos, Japão e, timidamente, o Brasil, o que demonstra que, dos cinco continentes, pelo menos três, nela acabaram se envolvendo. Já a Segunda Guerra MUNDIAL, o conflito envolveu interesses de países desses três continentes, principalmente Alemanha, Itália e Inglaterra (Europa); Japão, China e Rússia (Ásia) e Estados Unidos (América).
Isso reforça a ideia da extensão que o termo MUNDIAL tem: envolve, por natureza, uma quantidade maior que dois países e de mais de dois continentes. Porém, para o caso em questão (a do CAMPEÃO MUNDIAL de Futebol) creio que o mais adequado seja a definição que está no Priberam:
adj. 2 g.
1. Do mundo ou a ele relativo. = GERAL, UNIVERSAL
s. m.
2. [Desporto]   [Esporte]  Campeonato em que participam desportistasesportistas ou equipasequipes de vários países do mundo.
Ora, se para o título de CAMPEÃO DO MUNDO se faz necessário que vários países do MUNDO participem, os títulos da Copa Toyota envolvia anualmente apenas dois clubes, um da América do Sul e outro da Europa. Fazendo um paralelo a esse “suposto título mundial”, onde diputavam os vencedores da Libertadores da América e da UEFA, poderíamos comparar com a Libertadores sendo concorrida pelo clube campeão do Brasil e pelo clube campeão da Argentina. Já a UEFA sendo concorrida apenas entre os campeões da Inglaterra e da Espanha ou da Itália, por exemplo. Alguém em sã consciência consideraria esses torneios como continentais? Sempre o campeão brasileiro disputando com o campeão argentino como o campeão de toda a América do Sul, e o campeão inglês com o campeão espanhol ou italiano como verdadeiramente o campeão europeu? E o que dizer se a Copa do Mundo que ocorre a cada quatro anos fosse disputada sempre entre uma seleção de um país Sul Americano contra uma seleção européia? A seleção vencedora poderia ser chamada de campeã do MUNDO???
Isso é apenas para ilustrar uma situação comparável à ocorrida antes do Mundial FIFA de 2000.
Logo, o Corinthians é Campeão Mundial sim, e simplesmente O PRIMEIRO DA HISTÓRIA DO FUTEBOL.
E afirmo que tenho a certeza de que, num futuro não muito distante, as próximas gerações irão reconhecer o Corinthians como o 1º clube verdadeiramente Campeão Mundial como o UOL Esporte  em 14 de janeiro de 2000...


O melhor...também do mundo
France Presse
      Colombiano Rincón beija o troféu do Mundial de Clubes, conquistada pelo Corinthians, nos pênaltis, sobre o Vasco

O site do UOL para o Campeonato Brasileiro deu como manchete: "Corinthians, o melhor". Agora, o time paulista dá mais uma demonstração de força e ganha também o mundo.

Isso mesmo: os corintianos são os primeiros campeões do mundo "com a boca cheia". Até hoje, o que se considerava um título mundial era a vitória da Copa Intercontinental, disputada em Tóquio.

No 1º Mundial da Fifa, o título corintiano veio de forma dramática. Após empate em 0 a 0 com o Vasco, o Corinthians ganhou nos pênaltis por 4 a 3. Dida pegou o pênalti cobrado por Gilberto e, na última cobrança vascaína, que poderia adiar a definição, Edmundo chutou para fora.




... e os sítios Campeões do Futebol, Lance Activo, Jornal Livre e no bolg do Fábio Pereira Guilherme, onde encontramos um trecho dessa publicação, além da oficialização da FIFA, em 2007, do Corinthians como primeiro campeão mundial, notícia que pode ser encontrada em sítios como globoesporte.com,  Zero Hora, players,  no Orkut, blog Momento do Futebol, e até do histórico rival Palmeiras.
E, por falar em Palmeiras, em se considerando a Taça Intercontinental Européia/Sul Americana Toyota como mundial, forçoso é reconhecer que a Copa Rio de 1951 foi o primeiro campeonato mundial e o Palmeiras como primeiro clube a conquistar este título. Da mesma forma que a Toyota, este torneio foi realizado envolvendo equipes dos dois continentes (América do Sul e Europa) mas, diferentemente dos que vieram a partir de 1960, que envolvia uma disputa com apenas um clube de cada continente, a Copa Rio envolveu, como em 2000, oito clubes divididos em dois grupos, conforme abaixo:

Grupo do Rio de Janeiro

Campeão carioca de 1950
Campeão português da temporada 1950/51
Campeão austriaco da temporada 1949/50
Campeão uruguaio de 1950

Grupo de São Paulo

Campeão paulista de 1950 e do Torneio Rio-São Paulo de 1951
Campeão italiano da temporada 1949/50
Campeão iugoslavo de 1951
Campeão francês da temporada 1950/51

Como ambas (Copa Rio de 1951 e Toyota 1960-2004) contemplaram apenas dois continentes, sendo a Toyota considerada mundial, com mais propriedade poderá o Palmeiras reivindicar o primeiro título mundial, antecedendo, no Brasil, Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo, pois disputou o torneio com mais sete equipes.
Para encerrar, deixei para que os (conforme disse Razec em seu blog) invejosos do Corinthians possam refletir, a seguinte frase:

“O que incomoda a torcida de outros clubes não é o fato de o Corinthians ter sido Campeão Mundial sem ter conquistado uma Libertadores ou ‘SEM TER IDO LÁ’ (puxando o olho), mas o fato de ter sido o 1º, na história do futebol, a conquistar esse título sob a chancela da FIFA. E isso ninguém pode tirar”
Prof. Ronaldo