PARA ME ENTENDER

A minha OPINIÃO é ESQUERDA e VERMELHA. ESQUERDA por ser contrária a toda forma de dominação, de imposição, opressão, discriminação, toda forma contrária aos interesses da maioria, aos interesses da natureza. VERMELHA em homenagem às ideias e aos idealistas contrários ao capitalismo e ao sangue injustamente derramado: sangue inocente, sangue justo, sangue prudente, sangue que corre nas veias e artérias de todo humano que respira, sonha, sofre e padece nas mãos de seu predador... seu semelhante, o próprio HOMEM. Deixo aqui minha humilde homenagem aos meus heróis: Sócrates (O Pai da Filosofia), Sidarta Gautama (O Buda), Mahatma Gandhi, aos Mártires de Chicago, Martin Luther King, Ernesto Rafael Guevara de la Serna (Che Guevara), Carlos Lamarca, Chico Mendes, John Lennon, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Renato Russo, Cazuza, ao eterno Raul Seixas e, acima de tudo e de todos, ao inspirador de todos nós, JESUS CRISTO!















terça-feira, 19 de julho de 2011

Quem é o verdadeiro campeão brasileiro de 1987: Sport ou Flamengo?

A polêmica envolvendo o título de Campeão Brasileiro de 1987 vai muito além  do fato de os clubes integrantes do Módulo Verde não terem aceitado participar do quadrangular final com o Módulo Amarelo. Envolve interesses econômicos, total desorganização da CBF e falta de regras claras para definir quem pertencia a que divisão, que só vieram a ser estabelecidas à partir de 1988, por exigência da FIFA.
Para que se possa entender bem a DISPUTA/GUERRA/NOVELA desse título polêmico envolvendo interesses diretos de três clubes (Flamengo, São Paulo e Sport), é necessário conhecer um pouco da história dessa competição.


Posteres dos dois Rubro Negros de 1987 - Fonte:  blog do Milton Neves
O Campeonato Brasileiro de Futebol foi criado em 1971. Antes deste ano não havia uma competição nacional oficial no Brasil e para participar das competições do continente os clubes disputavam vaga pela Taça Brasil (1959/1968)  e pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970). Também não havia uma padronização para a competição: a cada ano havia uma nova forma de disputa, com novas regras e o número de participantes aumentava a cada ano, chegando a ser disputado por 96 clubes em 1979, ano em que tivemos o único campeão invícto da história desse campeonato: o Internacional. Mas vamos nos concentrar na forma e na quantidade de clubes participantes do campeonato sob o comando da CBF, em especial, o de 1986.
Em 1980, a Confederação Brasileira de Dasportos (CBD) foi desmembrada e surgiu a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Pressionada pelos clubes mais tradicionais para reformar o Campeonato Brasileiro por causa do número crescente de clubes participantes, a CBF dividiu o Campeonato em três divisões: Taça de Ouro com os 40 clubes mais fortes da época, Taça de Prata e Taça de Bonze, mas criou um mecanismo de acesso intermediário para o mesmo ano das competições, com as 4 equipes melhor classificadas na primeira fase da Taça de Prata passando a disputar a segunda fase da Taça de Ouro e as demais equipes continuariam na Taça de Prata, disputando mais duas vagas para a Taça de Ouro do ano seguinte. Nesse ano foram disputadas três fases antes da fase final.
No ano de 1981, a CBF adotou outro crítério de acesso à Taça de Ouro, levando à disputa os 6 primeiros colocados no campeonato paulista; os 5 primeiros do carioca; o campeão e o vice de RS, MG, PR, BA, PE, CE e GO; os campeões dos outros 13 estados; mais o campeão e o vice da Taça de Prata do ano anterior, reservando ainda, para a segunda fase, os 4 melhores da primeira fase da Taça de Prata do mesmo ano. Nesse ano o campeonato foi disputado com duas fases antes da fase final. Em 1982 foram mantidos os critérios de 1981, porém contou com uma repescagem entre os os quartos colocados de cada grupo na primeira fase. Em 1983, apenas algumas mudanças: foi mantida a repescagem da primeira para a segunda fase mas voltou e ter uma terceira fase; mudaram os critérios de inclusão dos clubes no campeonato, levando o Santos a participar da Taça de Ouro como convidado, pois ficara em nono no Campeonato Paulista e deveria disputar a Taça de Prata.
Em 1984 houve uma nova mudança para o acesso da Taça de Prata para a Taça de Ouro: dessa vez, apenas um clube foi promovido no meio da competição, o campeão da Taça de Prata diretamente para a terceira fase. Porém o Juventus-SP, campeão da série B em 1983, saiu prejudicado por não ter vaga na série A desse ano pois, diante de muitas reclamações com o sistema de classificação pelos campeonatos regionais, a CBF reservou duas vagas para os clubes de bom retrospectos no brasileiro que foram mal nos estaduais: Vasco da Gama, 7º colocado no Campeonato Carioca (que acabou sendo vice no brasileiro daquele ano), e Grêmio, 3º no gaúcho.
em 1985, houve a fusão das Taças de Ouro e de Prata, com uma primeira fase contando 20 clubes divididos em dois grupos representando a série A e 24 clubes, também divididos em dois gupos, representando a série B, perfazendo um total de 44 clubes participantes desse certame. Para a segunda fase, classificaram 16 clubes: oito de cada uma das duas séries, que foram distribuídos em quatro novos grupos.
Em 1986, a CBF reuniu 80 clubes divididos em oito grupos para disputar o campeonato, fundindo as Taças de Ouro, de Prata e de Bronze, respectivamente as séries A, B e C, numa confusão tão grande que acabou contribuindo para apimentar a grande polêmica do Título do ano seguinte. O regulamento previa a classificação de 32 clubes para a segunda fase do campeonato: 28 dos grupos A a D e 4 dos grupos E a H. Naquele ano, o STJD concedeu dois pontos para Joinville que havia empatado em 1x1 com o Sergipe, por caso comprovado de doping. Com isso, o Vasco se sentiu prejudicado por não se classificar e entrou na justiça comum para anular a decisão e o Joinville também entrou na justiça comum para garantir a sua vaga. A CBF resolveu então classificar os dois e eliminar a Portuguesa por ter entrado na justiça comum por questão de venda de ingressos. Com tal decisão, vários clubes paulistas ameaçaram abandonar a competição e a CBF resolveu promover mais três clubes dos grupos A a D para poder organizar a tabela da segunda fase. O regulamento desse ano previa o rebaixamento dos clubes desclassificados na primeira fase e os dois últimos colocados  em cada grupo na segunda fase. Por ele, estariam rebaixados para a série B, Operário-MS, Sampaio Corrêa, Remo, Coritiba, Botafogo-PB, Sergipe, Paysandu, Tuna Luso, Piauí, Operário-MT, Fortaleza e Alecrim (clubes que ficaram na primeira fase) e Botafogo-RJ, Ponte Preta, Vitória, Central, Sport, Comercial-MS, Nacional e Sobradinho (últimos colocados dos grupos da segunda fase). Vale lembrar que, se não fosse a virada de mesa da primeira fase, também deveriam estar no rebaixamento Vasco (pivô da confusão) e os outros três convidados para compor a tabela da segunda fase: Santa Cruz, Sobradinho e Náutico.
Entramos então para a competição de 1987 e a polêmica que envolve a famosa “Taça das Bolinhas”.


A Polêmica Taça das Bolinhas - Fonte:  Sport
Existem várias versões contraditórias quanto ao ocorrido no ano de 1987. Vejamos então, algumas delas:


Taça da Copa União de 1987 - Fonte: Flamengo
Flamengo - revoltados com o imenso prejuízo que os treze maiores clubes do país (Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthias, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Inter-RS, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco) vinham tendo nos anos anteriores a 1987, estes resolveram enfrentar a CBF e montar um campeonato paralelo. A FIFA ameaçou suspender todos os clubes que desrespeitassem a CBF. Ouve uma conciliação e o Clube dos 13, juntamente com mais três clubes convidados formariam um Módulo Principal para disputar o Campeonato Brasileiro da 1º Divisão e a CBF organizaria mais três Módulos representando a segunda e a terceira divisão, prestigiando seus compromissos políticos com as demais federações do país. No meio da competição, a CBF resolveu mudar o regulamento e impôs um quadrangular entre os dois primeiros clubes dos Módulos Verde e Amarelo, o que não foi aceito pelo Clube dos Treze, que consideravam o Módulo Amarelo como a “segundona”. Alega ainda que, em 1988 o Conselho Nacional de Desportos reconheceu a conquista que não foi acatada pela CBF.


Álbum de figurinhas de 1987 - Fonte: Flamengo
Sport - os clubes dos grandes centros e maiores em termos de títulos e torcida, resolveram se unir e criar um campeonato exclusivo com eles. Uniram-se à Rede Globo e conseguiram o patrocínio da Coca Cola para o torneio, colocando sua marca na camisa de todos os times, nos prismas principais dos estádios e nas transmissões da Rede Globo. A CBF foi contra, pois tendo entre os 13, clubes rebaixados para a segunda divisão, poderia fazer com que qualquer clube que se sentisse prejudicado entrar com ação judicial e que ganharia. O Clube dos Treze teve então a ideia de dividir os 32 clubes da primeira divisão em dois módulos com 16 clubes cada. No Módulo Verde, além dos treze, entrariam também o Goiás e o Coritiba por serem os dois não pertencentes ao Clube melhores classificados no ranking da CBF e o Santa Cruz por causa da pressão política exercida por Marco Maciel e pela amizade pessoal entre os presidentes do Santa Cruz e do Flamengo. O regulamento do campeonato já previa, desde o início o cruzamento entre os campeões e os vices de cada um dos Módulos, mas quando já estava perto da definição dos campeões de cada Módulo, o Clube dos Treze convocou uma reunião do Conselho Arbitral propondo mudança no regulamento, acabando com o quadrangular final e decretando como campeão e vice do campeonato os dois vencedores do módulo verde. Na votação obtiveram a maioria dos votos pela unanimidade dos membros de seu Módulo, contaram com alguns votos do Módulo Amarelo, entre eles o Náutico, rival do Sport. Como não houve unanimidade entre os membros do Conselho Arbitral, conforme previa o seu regulamento, a mudança não poderia valer. Este erro fez o Flamengo perder todas as tentativas jurídicas de obter o título de 1987.
Protesto contra a Coca Cola em 1987 - Fonte: Sport
Blog do Milton Neves - Cartola do Sport explica por escrito por que o Fla não é penta

... Além da histórica conquista do Campeonato Brasileiro de 1987, com uma briosa e temida equipe de futebol, o SPORT CLUB DO RECIFE contribuiu para o triunfo da Justiça no futebol deste País, até então marcado pelos desmandos e arbitrariedades de muitos dirigentes. Basta lembrar que, naquele ano, a Rede Globo, a Coca-Cola e a VASP patrocinaram o Campeonato Brasileiro, pela primeira vez, com recursos vultosos, para a época. Isso, infelizmente, acabou provocando um sem-número de tentativas de burla, capitaneadas pelo Sr. Márcio Braga e por outros dirigentes, do que resultou terem ficado todos aqueles recursos, todos, exclusivamente com os componentes do Módulo Verde, como se apenas eles fizessem parte da 1ª Divisão do Futebol Brasileiro Profissional.
Registro, por oportuno, que, segundo o referido Regulamento (Art. 6º, parágrafo 3º), a associação que conquistasse o Campeonato Brasileiro por três vezes consecutivas, ou por cinco vezes alternadas, teria a posse definitiva do troféu de campeão, ofertado pela Caixa Econômica Federal. Por tudo isso, é hora de pôr-se um ponto final nessa teimosa e vã peleja tendente à negação da História: aquela taça cabe, de fato e de direito, ao São Paulo Futebol Clube, pelos seus próprios méritos, mas também pela vitória desportiva e moral do SPORT CLUB DO RECIFE, em 1987.

Homero Lacerda,ex-presidente do Sport Recife - Fonte: blog do Milton Neves
Wikipédia - a CBF enfrentava problemas financeiros e administrativos em 1987 e, em junho, seu presidente anunciou via imprensa que não teria condições de organizar o Campeonato Brasileiro daquele ano. A notícia foi confirmada pelo vice presidente da entidade que deu todo o aval para o presidente do São Paulo convencer os principais clubes a fundarem uma associação entre eles para organizar o campeonato. Foi formado Clube dos Treze com os clubes que, segundo levantamento do Jornal do Brasil, representavam juntos, 95% de todas as torcidas do futebol brasileiro, na época. Em conciliação entre as partes, a CBF exigiu apenas que o Clube dos Treze incluísse pelo menos mais três clubes de Estados diferentes. A exigência foi cumprida com a inclusão de Coritiba, Goiás e Santa Cruz, que na época, em suas regiões, tinham melhor desempenho nos campeonatos nacionais e eram mais populares. Estava formado o grupo que disputaria a Copa União em 1987: 14 clubes classificados à série A e 2 que haviam sido rebaixados à série B (Botafogo e Coritiba) pelo regulamento do Campeonato Brasileiro de 1986. Ficaram fora dois clubes bem colocados no campeonato do ano anterior: Guarani, vice campeão do ano anterior, e América-RJ, 4º colocado, sem objeção alguma da CBF. O objetivo principal da CBF era diminuir os prejuízos obtidos nos jogos sem importância contra clubes menores e para isso, os grandes clubes “pagariam a conta” das despesas desses jogos. O Módulo Amarelo passou a ser considerado, por diversos órgãos de imprensa, a Segunda Divisão e os Módulos Azul e Branco, como a Terceira Divisão, também por vários órgãos de imprensa. Por medo de não ser mais considerada útil pelos clubes e por ambição com o enorme sucesso comercial obtida pelo Módulo Verde, a CBF se arrependeu de ter renunciado a responsabilidade de organizar a competição e quis mudar o regulamento da Copa União já em andamento, tentando incluir, de alguma forma, os 16 clubes do Módulo Amarelo. Para conciliar os seus interesses com o Clube dos 13, a Copa União passaria a se Chamar Módulo Verde e no final, deveria haver um cruzamento entre os campeões e os vices dos dois Módulos para decidir quem seriam os dois representantes do Brasil na Taça Libertadores da América de 1988, mas a fórmula de disputa não foi aceita pelos clubes do Módulo Amarelo, que queriam que o campeonato também fosse definido no cruzamento. O Clube dos 13, em reunião na cidade de São Paulo, fizeram unilateralmente uma versão preliminar do regulamento definindo o cruzamento dos Módulos ainda em 1987, somente para definir os representantes na Libertadores de 1988, mas a CBF divulgou em 1º de outubro, sem aprovação do Clube dos 13, versão final do cruzamento entre os Módulos em janeiro de 1988, para definir também o campeão brasileiro, o que não foi aceito pelos clubes do Módulo Verde. Quando Eurico Miranda ficou como interlocutor do Clube dos 13, assinou um documento que previa o cruzamento proposto pela CBF, mas os clubes do Módulo Verde não aceitaram a proposta de cruzamento, enquanto que os clubes do Módulo Amarelo, mesmo antes do início do campeonato, sempre foram explicitamente contra o não cruzamento dos dois módulos. Anunciada pela CBF a tabela do quadrangular final, o Flamengo convocou reunião do Conselho Arbitral e o Sport entrou com ação cautelar que foi acatada na 10ª Vara de Justiça Federal da Secção Judiciária de Pernambuco, para garantir o cumprimento da resolução nº 16/86 do Conselho Nacional do Desporto, que em seu artigo 5º estabelece que qualquer decisão tomada no Conselho Arbitral só teria validade em caso de unanimidade, o que não houve. Flamengo e Internacional se recusaram a disputar o quadrangular com o apoio do Clube dos 13 e a CBF realizou uma reunião com quase todos os presidentes das federações em sua sede para tentar estabelecer punição aos dois clubes que se recusavam disputar o quadrangular. O Flamengo entrou com recurso na justiça comum para não ser obrigado a jogar o cruzamento que foi acatado pela 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro e a CBF ameaçou punir Flamengo e Sport por terem ingressado na justiça comum. Sport e Guarani venceram Flamengo e Internacional por WO e a CBF declarou Sport Campeão Brasileiro de 1987, enquanto o Clube dos 13 e o CND declararam o Flamengo Campeão Brasileiro. Sport e Guarani foram os representantes do Brasil na Taça Libertadores da América de 1988, o caso foi levado até a última instância da justiça comum que, desde 2001, deu ganho de causa ao Sport. Em fevereiro de 2011 a CBF declarou Sport e Flamengo como campeões de 1987, segundo a imprensa esportiva, devido à interesses e manobras políticas para enfraquecer o Clube dos 13 que estava em vias de organizar um novo processo de concorrência para a cessão de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, mesmo nunca tendo questionado a legitimidade do título do Flamengo, mas o reconhecimento da CBF somente em 2011. Em junho deste ano, acatando a decisão da 10ª Vara da Justiça Federal de Primeira Instância da Seção Judiciária de Pernambuco revogando a decisão que daria o título de 87 também ao Flamengo, a CBF retirou novamente o título de campeão, voltando o Sport a ser o único Campeão Brasileiro de 1987. O Flamengo afirmou que irá recorrer.

Diante tudo que foi exposto, cada um pode tirar a sua conclusão e formar a sua opinião, isso é inegável. Sei que cada um, por questão de conveniência, pode defender Sport, Flamengo e até a divisão do título de 1987 entre os dois clubes. Porém, particularmente, por uma questão de justiça, considero o Sport Club do Recife como VERDADEIRO E ÚNICO CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1987. E explico o porquê:
  1. É verdade que, pelo regulamento de 1986, o Sport estaria rebaixado para a “segundona”, como gostam de afirmar os flamenguistas, mas não é desculpa para não disputar o quadrangular, com a afirmação de que o Módulo Amarelo era a segunda divisão, pois quem implantou isso no imaginário popular (principalmente dos flamenguistas convenientes) foi a mídia da época.
  2. O fato de o Módulo Verde contar com os 13 clubes de maiores torcida não significa que os demais clubes fossem da segunda divisão. Só para lembrar:
a)    Guarani e América-RJ disputaram o módulo Amarelo e foram, respectivamente, vice e quarto colocado em 1986, jamais poderiam ser rebaixados em 1987;
b)    Botafogo e Coritiba disputaram o Módulo Verde e foram, respectivamente, 31º e 44º colocados em 1986 e pelo regulamento do campeonato daquele ano, estariam rebaixados em 1987;
c)    Vasco e Santa Cruz disputaram o Módulo Verde e, não fosse a virada de mesa no caso do doping comprovado jogo Joinville 1x1 Sergipe, ambos também estariam rebaixados pelo regulamento do campeonato de 1986.
  1. Se Flamengo e Internacional não se recusaram disputar o Módulo Verde com dois rebaixados de fato e com mais dois beneficiados pela virada de mesa do ano anterior, por que se recusaram jogar com um igualmente rebaixado no ano anterior e atual campeão e com o vice nos dois anos?
  2. Por que o Clube dos 13 aceitava o quadrangular para disputar as vagas na Libertadores mas se recusavam a disputar o título do campeonato? Por acaso houve algum caso, antes ou depois de 1987, em que o campeão e o vice da “segundona” disputou vaga para a Libertadores com o campeão e o vice da “PRIMEIRONA”?
  3. Será que o Flamengo e o Clube dos 13 contavam que a mídia e um Álbum de Figurinhas com a assinatura da Placar e com os dizeres “O VERDADEIRO CAMPEONATO BRASILEIRO” e “CROMOS DOS 16 MAIORES TIMES DO PAÍS” fossem suficiente para incutir na cabeça de todos, inclusive da justiça, que o Módulo Amarelo era a “segundona”?
  4. Ou será que contavam com as tradicionais viradas de mesa também nesse caso, como ocorreu:
a)    Em 1986 com Vasco, Santa Cruz, Sobradinho e Náutico, que escaparam do rebaixamento ao se beneficiarem da confusão causada no caso do doping comprovado no jogo Joinville 1x1 Sergipe?
b)    Em 1984, novamente com Vasco e com o Grêmio, que disputaram a Taça de Ouro, quando o regulamento previa que disputariam os 5 primeiros no Campeonato Carioca e somente o campeão e o vice do Campeonato Gaucho, mesmo ficando o Vasco em 7º no Campeonato Carioca e Grêmio em 3º no Gaúcho?
c)    Em 1983 com o Santos que disputou a Taça de Ouro como convidado por ter ficado em 9º no Campeonato Paulista e, pelo regulamento, disputariam apenas os 6 primeiros?

Sport Campeão Brasileiro de 1987 – Fonte: Sport
O Sport foi obrigado a recorrer à justiça para fazer valer o que dele era de direito, pois se deixasse a decisão nas mãos dos cartolas, da CBF e do CND, fatalmente teria perdido o título de Campeão Brasileiro de 1987.
Existem aqueles que, quando não ganham no apito, querem desmerecer aqueles que conquistam na garra, mas nem sempre a (IN)justiça prevalece. Sport é o verdadeiro Campeão Brasileiro de 1987. Um dia todos reconhecerão, como a própria CBF e a JUSTIÇA FEDERAL. Em todas as instâncias.
Prof. Ronaldo

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