PARA ME ENTENDER

A minha OPINIÃO é ESQUERDA e VERMELHA. ESQUERDA por ser contrária a toda forma de dominação, de imposição, opressão, discriminação, toda forma contrária aos interesses da maioria, aos interesses da natureza. VERMELHA em homenagem às ideias e aos idealistas contrários ao capitalismo e ao sangue injustamente derramado: sangue inocente, sangue justo, sangue prudente, sangue que corre nas veias e artérias de todo humano que respira, sonha, sofre e padece nas mãos de seu predador... seu semelhante, o próprio HOMEM. Deixo aqui minha humilde homenagem aos meus heróis: Sócrates (O Pai da Filosofia), Sidarta Gautama (O Buda), Mahatma Gandhi, aos Mártires de Chicago, Martin Luther King, Ernesto Rafael Guevara de la Serna (Che Guevara), Carlos Lamarca, Chico Mendes, John Lennon, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Renato Russo, Cazuza, ao eterno Raul Seixas e, acima de tudo e de todos, ao inspirador de todos nós, JESUS CRISTO!















sexta-feira, 10 de junho de 2011

Reforma Política XI: Fidelidade Partidária

Muito se fala sobre Fidelidade Partidária mas não se reflete sobre o tema com a profundidade necessária. Se analisarmos bem, a maioria das opiniões reflete um pensamento mesquinho, onde se expressa apenas os interesses políticos dos partidos. E os interesses sociais, do cidadão, do eleitor, onde é que ficam?
No dia 28 de março de 2007, o então presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, defendeu a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de considerar os mandatos pertencentes aos partidos ou às coligações, e não aos eleitos. Afirmou que o eleitor deve ser respeitado e entregou a proposta de reforma política da OAB ao então presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Em seu blog, no dia 03 de maio de 2009, o escritor Jorge da Cunha Lima já considerou a Fidelidade Partidária como o primeiro ponto da reforma política. Criticou a quantidade de partidos existentes no Brasil e a facilidade com que se cria um partido, afirmando ser essa a principal causa da existência de legendas de aluguel. Defendeu, dentre outras propostas, a existência de poucos partidos, a lista partidária e a fidelidade radical para os eleitos, como o melhor caminho para a reforma política.
Já o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli - que não fazia parte da corte em 2007 - afirmou, dia 26 de maio do corrente ano, que a Fidelidade Partidária “engessa” a democracia. Disse ainda que não é possível exigir unidade nacional dos partidos, pois “A história brasileira é uma união de elites regionais”, declarou.

Muitos partem em defesa da Fidelidade Partidária e poucos se posicionam contra. Mas afinal, a Fidelidade é boa ou ruim para a política nacional?

Penso que do jeito que está – com a promiscuidade partidária - não pode ficar. Creio ainda que, com o sistema proporcional, o mandato deva realmente pertencer ao partido ou à coligação, como decidiu o TSE, defenderam a OAB em 2007 e o escritor Jorge Cunha Lima em 2009, mas concordo também, em parte, com o ministro Toffoli. Em parte porque, mesmo sendo a favor da Fidelidade Partidária, compartilho da ideia de que é impossível exigir a unidade nacional dos partidos pelo mesmo motivo declarado pelo ministro. Há incoerência nisso? Não se levarmos em conta que o eleitor não deve ser lesado em suas decisões de voto.

Se o sistema é proporcional, mesmo votando em um determinado candidato ao legislativo, o eleitor acaba por favorecer outros candidatos do mesmo partido ou da coligação a qual o partido do seu candidato pertença. Sendo eleito com votos alheios, o mandatário de um cargo legislativo não é dono das ideias vendidas pelo partido e/ou coligação ao qual fez parte no pleito que o elegeu. Devo então posicionar a favor da Fidelidade, mesmo concordando com o ministro Toffoli quando afirma que não se pode exigir uma unidade nacional dos partidos por causa da união de elites regionais.
Fonte:  inblogs

Na verdade, não é a Fidelidade Partidária que está errada, mas a hegemonia política das elites, que deve ser combatida pela reforma política em curso, o que parece que não ocorrerá. A Fidelidade Partidária que defendo é a que evita o oportunismo reinante na política brasileira, onde os interesses defendidos são os pessoais e os do capital, levando os políticos a trocar de partido seguindo “a onda”, a tendência política em voga. A Fidelidade Partidária que defendo é a que o partido político, apresentando o seu programa, as suas propostas e os seus candidatos, convencendo o eleitor a neles votar, seja no executivo ou no legislativo, os eleitos deverão cumprir à risca aquilo que defenderam, ele e seu partido/coligação, em campanha.
Nesse sentido, os partidos políticos também devem ter a sua fidelidade cobrada: se o governante não cumpre as promessas de campanha, deve ser penalizado de alguma forma, pelo próprio partido a que pertença. Se o partido não o pune, deve ele (o partido) ser legalmente punido. A Fidelidade Partidária que defendo é para os políticos e para os partidos, afinal de contas, ambos devem satisfações à sociedade brasileira que os elege, principalmente se passar a proposta de Financiamento Público de Campanha.
Fonte: blog0news

Na Fidelidade Partidária que defendo, se o político que foi eleito por um partido - que apresentou claramente seu programa e suas propostas - não cumprir aquilo que levou o eleitor a elegê-lo, o partido tem por obrigação de reivindicar o seu mandato, se não o fizer, a lei eleitoral deve puni-lo. Na Fidelidade Partidária que defendo, o partido que não EXIGE coerência e fidelidade programática de seus eleitos, deve ser punido legalmente com a perda do mandato, pois creio que o mandato não pertença nem ao político eleito, nem ao partido ao qual foi eleito, mas ao povo que o elegeu.
Se somos OBRIGADOS a dar o nosso voto, o que deveria ser um DIREITO, porque então eles (políticos e partidos) também não são igualmente OBRIGADOS a cumprir seus programas, propostas e promessas de campanha?
Só pra descontrair, assista ao vídeo e acompanhe a letra da música “Fidelidade Partidária”.
Fidelidade Partidária
Composição : Wilson Moreira / Nei Lopes
Fidelidade Partidária
(Wilson Moreira - Nei Lopes)

Minha tia-avó Rosária, partideira centenária,
Perguntou pra mim: "Meu neto,
O que é fidelidade partidária?".
Pergunta assim tão sumária
Tem que ter a necessária resposta
E eu respondo certo o que é fidelidade partidária.

Por verde-amarelo na indumentária
(É fidelidade partidária...)
Feijão com arroz na sua culinária
Ajudar quem tem situação precária
Não fazer acordo com a parte contrária
Nem demagogia com a classe operária
Gritar que tem gringo pintando na área
Gostar de partido igual tia Rosária
Isso é fidelidade partidária...

Rejeitar propina na conta bancária
(É fidelidade partidária...)
Não ter filial nem subsidiária
Amar a patroa mais que a secretária
Só fazer amor na sua faixa etária
Mas dar uma força pras celibatárias
Que tenham bons dentes na arcada dentária
Gostar de partido igual tia Rosária
Isso é fidelidade partidária...

Fonte da letra: letras.mus.br
“Estou pensando em criar um vergonhódromo para políticos sem-vergonha, que ao verem a chance de chegar ao poder esquecem os compromissos com o povo.”
Leonel Brizola

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