PARA ME ENTENDER

A minha OPINIÃO é ESQUERDA e VERMELHA. ESQUERDA por ser contrária a toda forma de dominação, de imposição, opressão, discriminação, toda forma contrária aos interesses da maioria, aos interesses da natureza. VERMELHA em homenagem às ideias e aos idealistas contrários ao capitalismo e ao sangue injustamente derramado: sangue inocente, sangue justo, sangue prudente, sangue que corre nas veias e artérias de todo humano que respira, sonha, sofre e padece nas mãos de seu predador... seu semelhante, o próprio HOMEM. Deixo aqui minha humilde homenagem aos meus heróis: Sócrates (O Pai da Filosofia), Sidarta Gautama (O Buda), Mahatma Gandhi, aos Mártires de Chicago, Martin Luther King, Ernesto Rafael Guevara de la Serna (Che Guevara), Carlos Lamarca, Chico Mendes, John Lennon, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Renato Russo, Cazuza, ao eterno Raul Seixas e, acima de tudo e de todos, ao inspirador de todos nós, JESUS CRISTO!















quinta-feira, 25 de agosto de 2011

De 1931 a 1949: Crise, Glória e Jejum

Período de altos e baixos, o Corinthians passou por crises, levou goleadas, se profissionalizou, conquistou o seu terceiro “Tri” e enfrentou longo jejum de nove anos sem títulos paulistas, mas com quatro da Taça São Paulo.

1º de Setembro: O mundo será Preto e Branco – Fonte: Corinthians

De 1931 a 1934: A Primeira Crise Corintiana e a Profissionalização do Futebol
O ano de 1931 ficou marcado pelo início da primeira crise corintiana. Nesse ano, o Corinthians perdeu importantes jogadores para o futebol italiano: o zagueiro Del Debbio e os atacantes Filó, Rato e De Maria foram para a Lazio, de Roma, que foi apelidada, na época, de Brasilazio, e o clube contratou jogadores de pouca ou de nenhuma expressão: Chola, Boulanger e Gallet (já ouviu falar em algum deles?).

Corinthians na década de 1930 - Fonte: Corinthians 1910
Nesse ano o Palestra Itália, o Santos e o São Paulo disputaram o campeonato, que foi definido apenas na última rodada. O então São Paulo da Floresta, que liderava o campeonato permitiu que os outros dois encostassem após empatar, na antepenúltima rodada, com o lanterna Germânia, mas manteve a liderança no jogo seguinte com a vitória de 2 a 1 contra o Sírio e sagrou-se campeão, no último jogo, contra um Corinthians fraco, que já havia levado a goleada histórica de 8 a 0 contra o Palestra Itália, 6 a 0 contra o Santos e 6 a 1, do próprio São Paulo e, nesse último jogo, outra goleada: 4 a 1. Detalhe: em todas elas o Corinthians tinha mando de campo. Nesse ano, com apenas um ano de fundação, o São Paulo conquistou seu primeiro título e ficamos apenas com a sexta colocação, a pior desde a sua fundação, o que levou os torcedores, revoltados, a queimar a sede do clube e provocou o pedido de demissão em massa da diretoria.
No ano seguinte, outra decepção: cinco vitórias, seis derrotas e novamente a sexta colocação. Nesse ano, devido a Guerra Civil da Revolução Constitucionalista, o campeonato foi encerrado ao término do primeiro turno, beneficiando nosso maior rival, o Palestra Itália, que foi declarado campeão daquele ano, e gerou muitos protestos, principalmente por parte do vice São Paulo, que via chances de alcançá-lo no segundo turno. Esse também foi o último Paulistão amador.

Fiel Torcida - Fonte: Corinthinas 1910
O profissionalismo do futebol, que vinha numa crescente sem volta e acabou por chegar de vez em 1933, fez com que, entre esse ano e o seguinte, o Corinthians – que já havia crescido muito e não podia ficar de fora – contratasse o seu primeiro técnico profissional, o uruguaio Pedro Mazzulo. Nessa época também surgiram dois dos mais importantes atacantes da história do Timão, Zuza e Teleco, mas o desempenho ainda estava aquém do desejado por seus torcedores. Ainda inferior aos rivais Palestra Itália, São Paulo e Portuguesa, o máximo que o Corinthians conseguiu foi a quarta posição nos Paulistões de 1933 e 1934, com o Palestra Itália vencendo ambos e se tornando tricampeão e o São Paulo como vice nos dois anos. O consolo alvinegro foi acabar com um incômodo jejum de vitórias sobre o maior rival, o Palestra Itália: o Corinthians estava sem vencer os palestrinos por 12 jogos (11 derrotas e apenas um empate), entre 4 de maio de 1930 e 5 de agosto de 1934, mas no dia 30 de setembro de 1934, o Corinthians quebrou esse tabu com uma vitória por 2 a 0 sobre o rival.

Bola do jogo da quebra do tabu - Fonte: Vai CORINTHIANS

De 1935 a 1939: A Redenção com o terceiro Tri
Em 1935, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), era contra a profissionalização do futebol brasileiro, resolveu lutar para enfraquecer a Apea e a Liga Carioca de Futebol, as primeiras a aderir o profissionalismo. Tentando combater a CBD, em São Paulo foi criada a Federação Brasileira de Futebol (FBF), mas a CBD ofereceu várias vantagens aos clubes que a acatassem, dentre elas amistosos internacionais, que a FBF não podia oferecer, o que fez com que, no Rio de Janeiro, o Vasco da Gama e em São Paulo Corinthians, Palestra Itália e São Paulo passassem a apoiar a CBD e os trio paulista se imporem contra a FBF e a Apea. Nesse ano, Corinthians e Palestra Itália fundaram Liga Bandeirante de Futebol (LBF), que mais tarde passou a se chamar Liga Paulista de Futebol (LPF), e organizaram um campeonato paralelo ao da Apea com a adesão do Santos e do São Paulo.
Apesar da grande melhora da equipe, no campeonato de 1935, o Corinthians não passou da terceira colocação, ficando o Santos com o título e o Palestra Itália como vice da LPF, o São Paulo desistiu de disputar o campeonato para disputar apenas o torneio Início. O artilheiro desse ano foi Teleco com 9 gols.

Teleco, artilheiro dos Paulistas de 1935/36/37 e campeão desse último  - Fonte: Wikipédia
Pela Apea, o campeão foi a Portuguesa e o Ypiranga foi o vice. No ano seguinte, o Corinthians venceu o primeiro turno e manteve uma invencibilidade de 36 jogos, mas perdeu uma melhor de três para o Palestra Itália por 1 a 0, 0 a 0 e 2 a 1, terminando a competição como vice do rival palestrino. De volta ao campeonato, o São Paulo amargou apenas uma oitava colocação. O artilheiro da competição foi novamente o corintiano Teleco, com 28 gols.
No ano de 1937, o espanhol Manoel Correcher assumiu a presidência do clube, o Corinthians foi campeão pela primeira vez como profissional e, pela terceira vez Teleco foi o artilheiro, com 15 gols. Além dele, se destacaram no Timão o zagueiro Jaú, o meio campo Augusto Brandão (ambos integraram a Seleção Brasileira no ano seguinte, no Mundial da França) e o veterano ídolo corintiano Filó, que retornou depois de anos na Lazio. O vice foi o Palestra Itália.

Corinthians de 1937 - Fonte: Vai CORINTHIANS
No ano seguinte, invicto, o Corinthians liderava o campeonato com dois pontos de vantagem sobre o vice líder São Paulo e ambos se encontraram na última rodada. No domingo, aos 21 minutos do primeiro tempo, o jogo foi interrompido por causa das fortes chuvas que caíram na capital paulista, com o São Paulo ganhando o jogo pelo placar de 1 a 0. Dois dias depois, após o recomeço da partida o Corinthians empatou com um gol de Carlito e conquistou o bicampeonato em 1938, restando como consolo ao vice São Paulo, a sua primeira artilharia com 13 gols do seu atacante Elyseo Siqueira. Em 1939 o Corinthians sagrou-se pela terceira vez Tricampeão Paulista (feito que nenhum outro clube paulista conseguiu igualar até hoje), teve seu rival Palestra Itália como vice e Teleco voltou à artilharia, com 32 gols.

De 1940 a 1950: Inauguração do Pacaembu e Longo Jejum

Estádio do Pacaembu no dia da inauguração – Fonte: Wikipédia
O ano de 1940 marca inauguração do Pacaembu, Estádio que o Corinthians passou a utilizar em mandos de jogo, já que o Parque São Jorge se tornara pequeno para abrigar a sua crescente torcida. Porém nesse ano, o Corinthians amargou um quarto lugar, tendo o Palestra Itália como campeão, a Portuguesa como vice e o Ypiranga na terceira colocação.
No campeonato de 1941 o Corinthians conquistou seu último Campeonato Paulista da década de 1940, que só não foi novamente de forma invicta, por sofrer uma derrota, na última rodada, contra o Palestra Itália. A partir daí, um jejum de nove anos, amargando cinco vice campeonatos nos anos de 1942, 1943, 1945, 1946 e 1947, uma terceira colocação em 1944 e uma quarta posição em 1948.
Com esse jejum, o Timão teve que se consolar com a conquista dos títulos de 1942, 1943, 1947 e 1948 da Taça São Paulo, um torneio que reunia os três primeiros colocados do ano anterior. Esse torneio, que foi disputado entre os anos de 1942 e 1952, teve o Corinthians com cinco títulos (além dos quatro, o último, em 1952), o Palmeiras com quatro (1945, 1946, 1950 e 1951), o São Paulo com um (1944) e o Santos um (1949). O Corinthians ficou com a posse definitiva da taça após a sua última edição.
"O Corinthians é o time do povo e é o povo quem vai fazer o time"
Miguel Bataglia

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