PARA ME ENTENDER

A minha OPINIÃO é ESQUERDA e VERMELHA. ESQUERDA por ser contrária a toda forma de dominação, de imposição, opressão, discriminação, toda forma contrária aos interesses da maioria, aos interesses da natureza. VERMELHA em homenagem às ideias e aos idealistas contrários ao capitalismo e ao sangue injustamente derramado: sangue inocente, sangue justo, sangue prudente, sangue que corre nas veias e artérias de todo humano que respira, sonha, sofre e padece nas mãos de seu predador... seu semelhante, o próprio HOMEM. Deixo aqui minha humilde homenagem aos meus heróis: Sócrates (O Pai da Filosofia), Sidarta Gautama (O Buda), Mahatma Gandhi, aos Mártires de Chicago, Martin Luther King, Ernesto Rafael Guevara de la Serna (Che Guevara), Carlos Lamarca, Chico Mendes, John Lennon, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Renato Russo, Cazuza, ao eterno Raul Seixas e, acima de tudo e de todos, ao inspirador de todos nós, JESUS CRISTO!















quarta-feira, 25 de maio de 2011

Professora Amanda Gurgel: Falou o que todo(a) professor(a) gostaria falar

A professora Amanda Gurgel falou o que todo professor gostaria falar e nenhum político quer ouvir.

“Professora Amanda Gurgel silencia Deputados em audiência pública.”
“Depoimento Resumindo o quadro da Educação no Brasil.”
“Educadora fala sobre condições precárias de trabalho no RN/BRASIL.”
As três frases imediatamente acima, encontram-se logo abaixo do vídeo Depoimento da professora Amanda Gurgel, no YouTube. Em pouco mais de uma semana de publicação, o vídeo ja foi visto mais de 1,5 milhão de vezes e não é para menos: com uma rara e incrível capacidade de síntese, a professora conseguiu resumir a angústia de todo professor que se preze, não só do Rio Grande do Norte, mas de todo o país.
É incrível! Em apenas 8 minutos, ela conseguiu falar, de forma simples, elegante e educada o que muitos brasileiros, e não apenas professores, gostariam de ter oportunidade de poder falar para muitos políticos e para muita gente que está envolvida com a coisa pública.
Iniciando por seu salário base, contrapôs os números de cifras milionárias que se costuma ouvir do poder público enquanto fala em investimentos (em educação???) e deixou os deputados e todos - que não professores - que ali marcaram presença, com um mínimo de bom senso e vergonha, constrangidos, tudo isso sem palavras ou tonalidade de voz rudes.
Prosseguiu demonstrando que (infelizmente) a Educação NUNCA foi prioridade no Brasil, argumentando contra a secretária de Educação, que não quis falar da “situação precária da Educação porque todo mundo já sabe”, afirmando que “não falar sobre” é “banalizar e aceitar como fatalidade” a situação precária da Educação.
Sobre “não ser imediatista e pensar a longo prazo”, conforme disse a Secretária, ela argumentou que a sua necessidade de alimentação e de transporte e, a necessidade de uma Educação de qualidade (citando o nome de uma aluna) são necessidades imediatas, criticando quem pensa que “Educação de qualidade é apenas ter professor em sala de aula”.
Criticou ainda o pedido de “paciência” feito pela secretária, dizendo que sempre se ouve o mesmo pedido por parte de todos os governos e há professores que esperam “pacientemente” por 15 ou 20 anos para serem promovidos horizontalmente e até morrem sem o conseguir.  Afirmou querer objetividade por parte do poder público para não voltar à sala de aula e ouvir dos alunos: “professora, a gente ficou sem aula e vocês conseguiram só isso? R$ 20,00, R$ 30,00... dão risada...”.
Encerrou pedindo respeito á categoria por parte da secretária de Educação - implicitamente, do poder público - e, além do apoio dos deputados,solicitou ainda uma fiscalização efetiva por parte da Promotoria e do Ministério Público, não apenas para o fato de que a merenda seja consumida por professores, mas para a situação da categoria.

OPINIÃO: Esse foi apenas um resumo do discurso da professora: será que podemos notar alguma semelhança com a situação da categoria em nossa região?
Não vou me estender, mas não posso me furtar da lembrança de que, com outras palavras, também venho afirmando que Educação não é prioridade no Brasil, como podemos notar em Valorização do Magistério - publicação de 03 de maio - e, mais recentemente, em DESABAFO DE UM PROFESSOR INDIGNADO!!! - publicação de 21 de maio. Isso demonstra que o problema não é localizado e sim um problema nacional, o que requer uma união a nível também nacional por parte da categoria.
Outra prova da extensão do problema é o “cuscuz alegado”, como a professora definiu a merenda escolar consumida por professores. Assim como aqui, lá também são criticados os professores e os estabelecimentos escolares que fazem uso dessa prática, mas quem é que olha para a situação dos professores de nosso país? Quem é que fala alguma coisa com relação ao Piso Nacional, por exemplo, que foi aprovado pelo Congresso em 2008, declarado constitucional pelo STF somente no início de abril desse ano e até o momento não foi pago e nem se cogita pagar o retroativo? Quem é que reclama do MEC e do FNDE por não definir regras para o cumprimento da Lei do Piso?
A Lei 11.738/2008 é uma lei que - apesar de estar com valor defasado - é muito importante para a valorização de uma categoria que, ao longo dos anos, vem acumulando perdas significativas no salário, além do desrespeito e do descaso por parte das autoridades, dos alunos, dos pais de alunos enfim, da sociedade como um todo. O que precisamos é de uma Amanda Gurgel em cada município desse nosso país pra ver se conseguimos chamar a atenção das autoridades (in)competentes dessa nação.
E por falar na Lei do Piso, o que não diria a professora Amanda Gurgel se lecionasse em Ibititá???
- ... gostaria de começar falando de um número composto com três algarísmos, apenas, que é o número do meu salário: um 8, um 1 e um 5, R$ 815,00 que é o meu salário base, com nível superior e especialização...

Que outra categoria profissional com o mesmo nível de escolaridade recebe um salário de fome como o do profissional do magistério???
“A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida.”
Séneca

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