PARA ME ENTENDER

A minha OPINIÃO é ESQUERDA e VERMELHA. ESQUERDA por ser contrária a toda forma de dominação, de imposição, opressão, discriminação, toda forma contrária aos interesses da maioria, aos interesses da natureza. VERMELHA em homenagem às ideias e aos idealistas contrários ao capitalismo e ao sangue injustamente derramado: sangue inocente, sangue justo, sangue prudente, sangue que corre nas veias e artérias de todo humano que respira, sonha, sofre e padece nas mãos de seu predador... seu semelhante, o próprio HOMEM. Deixo aqui minha humilde homenagem aos meus heróis: Sócrates (O Pai da Filosofia), Sidarta Gautama (O Buda), Mahatma Gandhi, aos Mártires de Chicago, Martin Luther King, Ernesto Rafael Guevara de la Serna (Che Guevara), Carlos Lamarca, Chico Mendes, John Lennon, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Renato Russo, Cazuza, ao eterno Raul Seixas e, acima de tudo e de todos, ao inspirador de todos nós, JESUS CRISTO!















domingo, 8 de maio de 2011

Bullying

O massacre em Realengo completa hoje um mês. Já se sabe que Wellington, o autor, foi vítima de bullying quando estudante da escola onde realizou o ataque, por intermédio de um ex-colega de sala e de um vídeo gravado por Wellington antes do massacre.
Wellington Menezes gravou vídeo - fonte: G1-Globo
O termo bullying vem do inglês bully, que significa valentão. É utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.
O bullying é um problema mundial e ocorre em toda e qualquer escola, independente do tipo de instituição, da faixa-etária e classe social de seus alunos ou de sua localidade. Escola que não admite a sua existência, ou desconhece o problema ou se nega a enfrentá-lo, o que é grave em qualquer dos casos, pois o bullying provoca ou agrava a baixa auto-estima da vítima, reduzindo seu rendimento escolar e pode levar à depressão, levando à tentativa ou ao suicídio. Em alguns casos, como o do massacre em Realengo, a vítima se torna vilã antes do suicídio.
Abraços no retorno às aulas na Tasso da Silveira - fonte: G1-Globo

Seis dias antes da tragédia da Escola Tasso da Silveira, Renata Elen dos Santos e Ana Claudia Karen Lauer, estudantes do curso de enfermagem da Universidade Barão de Mauá, de Ribeirão Preto, se envolveram em uma briga, após Ana Claudia procurar a coordenadoria para relatar que era vítima de bullying. Segundo a vítima, Renata a atacou com um capacete, o que lhe causou várias lesões no rosto. Nesta quinta-feira (5), após sindicância de pouco mais de um mês, a universidade expulsou as duas.
Ana Claudia, ex-aluna do curso de enfermagem - fonte: mais interior
OPINIÃO
Bullying não se caracteriza apenas pela violência física mas, também pela psicológica fonte: kindy

É inegável que o bullying é uma agressão à dignidade humana e um fenômeno mundial, mas devemos ter consciência de que para o jovem agressor, muitas vezes não há maldade e não passa de uma brincadeira, de uma diversão. No imaginário popular só é bullying a agressão física, isso tanto para o jovem quanto para o adulto, pois não se imagina que essas “brincadeiras” possam causar tantos danos à vítima. Digo isso pois toda vez que me vejo envolvido com o assunto, me recordo da época de estudante das 7ª e 8ª séries, quando eu e alguns de meus colegas costumávamos “brincar” com outros alunos que não faziam parte de nosso grupo e, num certo dia, na saída das aulas, importunamos tanto a uma colega de sala que costumávamos chamar de “A louca”, quase presenciamos a queda de um de nossos colegas da mureta da escadaria, entre os 1º e 2º andares, o que poderia tê-lo levado à morte naquele dia.
Não ao bullying - fonte: kindy

Sem entrar em detalhes, naquele final de tarde, atormentamos tanto a coitada, que ela avançou sobre esse colega esmurrando-o enquanto gritava e chorava, que quase o precipitou da mureta abaixo. Não conhecíamos a expressão bullying e não tínhamos noção das consequências de tais “brincadeiras”, mas aquela cena nos marcou tanto que, mesmo sem combinarmos nada, paramos com as tais “brincadeiras”.
Por experiência própria, digo que não podemos e nem devemos condenar os jovens com relação ao bullying, mas podemos e devemos sim, orientá-los sobre as consequências de tais “brincadeiras”, dando-lhes exemplos como os de Wellington e do caso da Ana Claudia. Só exemplificando, de forma concreta, poderemos combater esse problema que envolve a nossa sociedade.

 
Hoje, quanto mais me aprofundo no conhecimento dos males que o bullying causa, mais me arrependo dessa época, penso nas vítimas de bullying inconsciente e me pergunto se não deixei alguma sequela psicológica nelas. Sofro com esses pensamentos, mesmo tendo consciência de que não tínhamos maldade em nossos atos.
Uma vez que as guerras nascem no espírito dos homens, é no espírito dos homens que se devem erguer as defesas da paz.
Archibald McLeish, poeta estadunidense

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